P.O.V. (Seu Nome) Steele On
Eu respiro bem fundo e levanto. Componha-se Steele. Eu vou para o carro de Kate, enxugando minhas lágrimas ao mesmo tempo. Eu não irei mais pensar nele. Eu simplesmente posso encarar este incidente como uma experiência e me concentrar nos meus exames.
[......]
Kate está sentada na mesa de jantar, com o notebook, quando eu chego. Seu sorriso de boas vindas some quando ela me vê.
- (Seu Apelido), o que aconteceu?
Ai, não... A inquisição de Katerine Kavanagh. Eu sacudo minha cabeça para ela, como se dissesse - fique fora disso - mas eu poderia perfeitamente estar lidando com um cego, surdo e mudo.
- Você andou chorando. - ela tem um dom excepcional para enunciar o que é malditamente óbvio, algumas vezes. - O que aquele bastardo fez para você? - ela fala por entre os dentes, e seu rosto, Jesus! ela está apavorada.
- Nada, Kate. - este é realmente o problema. O pensamento traz um sorriso torto à minha face.
- Então, por que você estava chorando? Você nunca chora. - ela disse, sua voz se suavizando. Ela fica parada, seus olhos verdes brilhando de preocupação. Ela coloca seus braços ao meu redor e me abraça.
Eu preciso dizer alguma coisa para ela me deixar em paz.
- Eu quase fui atropelada por uma bicicleta. - era o melhor que eu podia fazer e isso a distraiu imediatamente...dele.
- Jesus, (Seu Apelido)! Você está bem? Está machucada? - ela me segura na distância dos braços estendidos e faz uma verificação visual de mim.
- Não, Justin me salvou. - eu sussurro. - Mas foi apavorante.
- Eu não estou surpresa. Como foi o café da manhã? Eu sei que você odeia café.
- Eu tomei chá. Foi legal, nada de mais para contar. Eu não sei por que ele me convidou.
- Ele gosta de você (Seu Apelido). - ela abaixou seus braços.
- Não mais. Eu não irei mais vê-lo. - sim, eu consigo lidar com isso.
- Ah é?
Droga. Ela ficou curiosa. Eu vou para a cozinha para que ela não consiga ver meu rosto.
- Sim... Ele está fora do meu nível Kate. - eu digo tão secamente quanto eu consigo.
- O que você quer dizer com isso?
- Ora, Kate, é óbvio. - eu giro para encará-la na porta da cozinha.
- Não para mim. - ela diz. - Está bem, ele tem mais dinheiro que você, mas até ai, ele tem mais dinheiro que muita gente nos Estados Unidos.
- Kate, ele... - eu dou de ombros.
- (Seu Nome), pelo amor de Deus! Quantas vezes eu vou ter de te dizer? Você é realmente linda! - ela me interrompe. Ah não! Esse discurso de novo não!
- Kate, por favor. Eu preciso estudar. - eu a corto. Ela franze a testa.
- Você quer ler o artigo? Eu já acabei. José tirou fotos maravilhosas!
Será que eu preciso de uma lembrança visual da beleza de Justin eu-não-te-quero Bieber?
- Claro. - eu coloco um sorriso no rosto, como se fosse mágica e vou até o notebook. E lá está ele, olhando para mim em preto e branco, olhando para mim e encontrando minhas falhas.
Eu finjo ler o artigo, o tempo todo olhando para seu olhar cor-de-mel, procurando na foto alguma pista o porquê dele não ser o homem para mim - em suas próprias palavras. E subitamente, fica extremamente óbvio. Ele é bonito demais. Nós estamos em polos diferentes, em mundos diferentes. Eu tenho a visão de mim mesma como Ícarus, voando perto demais do sol, queimando e caindo como resultado do meu desejo. As palavras dele fazem sentido. Ele não é homem para mim.
Foi isso o que ele quis dizer e faz com que a rejeição dele seja mais fácil de aceitar...Quase. Mas eu posso viver com isso. Eu entendo.
- Está muito bom Kate. - eu digo. - Vou estudar. - eu não vou mais pensar nele. Eu prometo para mim mesma e abrindo minhas anotações de revisão, começo a ler.
É apenas quando eu estou na cama, tentando dormir, que eu me permito deixar meus pensamentos voltarem para minha estranha manhã. Eu fico voltando à citação “eu não sou do tipo que namora” e eu fico zangada por não ter descoberto esta informação mais cedo, quando eu estava em seus braços mentalmente implorando com cada fibra do meu ser para que ele me beijasse. Ele já havia dito e repetido. Eu viro de lado. Estranhamente eu me pergunto se ele seria celibatário. Eu fecho meus olhos e começo a divagar. Talvez ele esteja se guardando. “Bem, não pra você.” Meu subconsciente sonolento me dá um último golpe e me joga na terra dos sonhos.
E esta noite eu sonho com olhos cor-de-mel, folhas caídas no leite, e eu estou em lugares escuros, com uma luz estranha e eu não sei se estou correndo para alguma coisa ou de alguma coisa... Não está claro.
[......]
Eu abaixo minha caneta. Acabei. Meu exame final acabou. Eu sinto o sorriso do gato de Cheshire se espalhar pelo meu rosto. Provavelmente esta é a primeira vez, esta semana, que eu sorrio. É sexta feira, e nós iremos celebrar hoje à noite, realmente celebrar. Acho que irei ficar realmente bêbada. Eu nunca fiquei bêbada antes. Eu olho a quadra esportiva procurando por Kate e ela ainda está escrevendo furiosamente, cinco minutos antes de acabar. É isso, o fim da minha vida acadêmica. Nunca mais eu irei sentar em fileiras de ansiedade, isolada, como uma estudante. Por dentro estou fazendo piruetas, sabendo perfeitamente que é o único lugar onde posso fazê-las graciosamente. Kate para de escrever e larga a caneta. Ela procura por mim e eu vejo o seu sorriso do gato de Alice, também.
Nós voltamos para casa em seu Mercedes, nos recusando a discutir a prova final. Kate está mais preocupada com o que irá usar esta noite. E eu estou ocupada procurando pelas chaves na minha bolsa.
- (Seu Apelido), tem um pacote para você!
Kate está parada nos degraus em frente à porta, com um pacote na mão. Estranho. Eu não fiz nenhum pedido ultimamente na Amazon.
Kate me entrega o pacote e pega as chaves para abrir a porta da frente. Está endereçado a Senhorita (Seu Nome) Steele. Não há endereço ou nome de quem enviou. Talvez seja da minha mãe ou de Ray.
- Provavelmente deve ser dos meus pais.
- Abra! - Kate diz, excitada, enquanto se dirige até a cozinha para pegar nosso “Champagne de comemoração de exames finais”.
Eu abro o pacote e dentro eu acho uma caixa dourada com três livros semi parecidos, recobertos com um pano antigo, cheirando a hortelã e um cartão branco. Escrito nele, com uma letra cursiva e negra, está:
"Por que você não me disse que havia perigo? Porque você não me avisou? Senhoras sabem contra o que se precaver, porquê lêem romances que lhes dizem essas coisas..."
Eu reconheço a citação de Tess of the D´Urbervilles. Eu estou pasma com a ironia de que eu passei três horas escrevendo sobre a novela de Thomas Hardy no meu exame final. Talvez não haja ironia, talvez seja deliberado. Eu inspeciono os livros mais de perto, os três volumes. Eu abro a primeira contracapa. Escrito em uma letra antiga está:
'London: Jack R. Osgood McIlvaine and Co., 1891'
Puta merda! São as primeiras edições! Eles devem ter custado uma fortuna e eu sei, quase que mediatamente, quem os mandou. Kate esta recostada nos meus ombros olhando os livros. Ela pega o cartão.
- Primeira edição. - eu sussurro.
- Não! - os olhos de Kate estão abertos com descrença. - Bieber?
Eu confirmo.
- Não consigo pensar em mais ninguém.
- O que significa o que está escrito no cartão?
- Eu não faço nenhuma ideia. Eu acho que é um aviso. Honestamente ele vive me alertando. Eu não faço ideia do por que. Não é como se eu estivesse tentando derrubar a porta dele. - eu franzo a testa.
- Eu sei que você não quer falar sobre ele, (Seu Apelido), mas ele está seriamente interessado em você. Com ou sem avisos.
Eu não deixei de pensar em Justin Bieber na última semana. Está bem ... Então seus olhos cor-de-mel continuam assombrando meus sonhos e eu sei que vai levar uma eternidade para expurgar a sensação de estar em seus braços e esquecer seu cheiro. Por que ele me mandou isso?
Ele me disse que eu não era para ele.
- Eu achei um Tess primeira edição para vender em Nova York por $14.000,00. Mas o seu está em melhores condições. Deve ter sido mais caro. - Kate estava consultando seu bom amigo Google.
- Esta citação, Tess fala para sua mãe depois que Alex D´Urberville a seduz.
- Eu sei.
Kate fica inspirada. - O que ele está tentando te dizer?
- Eu não sei e eu não me importo. Eu não posso aceitar isso dele. Eu vou mandá-los de volta com alguma citação desconcertante de alguma parte obscura do livro.
- A parte em que Angel Clare diz "Foda-se"? - Kate pergunta com a cara mais sonsa do mundo.
- Sim, esta parte. - eu rio. Eu amo Kate, ela é leal e sempre me apoia. Eu embrulho os livros e os deixo na mesa de jantar. Kate me dá uma taça de champagne.
- Ao final dos exames e a uma nova vida em Seattle. - ela sorri.
- Ao fim dos exames, nossa nova vida em Seattle e aos excelentes resultados que teremos! - nós brindamos e bebemos.
[......]
O bar estava barulhento e agitado, cheio de futuros formandos prontos para ficarem imprestáveis. José se juntou a nós. Ele só se formará daqui a um ano, mas ele está no clima de comemorar e nos ajuda a entrar no espírito de nossa nova liberdade pagando margaritas para todos nós. Enquanto eu bebo a minha quinta, percebo que talvez não seja uma boa ideia misturá-la com champagne.
- E agora (Seu Apelido)? - José grita para que eu posso ouvi-lo com todo o barulho.
- Eu e Kate estamos nos mudando para Seattle. Os pais dela compraram um apartamento em um condomínio fechado para ela.
- Dios Mio! Como a outra parte vive! Mas você vai vir para minha exposição?
- Claro que sim, José, eu não perderia por nada do mundo! - eu sorrio e ele coloca seu braço em meus ombros e me puxa para perto.
- Vai significar muito para mim (Seu Apelido) se você estiver lá. - ele sussurra em minha orelha. - Mais uma margarita?
- José Luis Rodrigues, você está tentando me deixar bêbada? Porque eu acho que está funcionando. - eu rio. - Eu acho melhor beber uma cerveja. Eu vou pegar uma jarra para nós.
- Mais bebida (Seu Apelido)! — Kate grita.
Kate tem a constituição de um touro. Ela está com seu braço jogado em Levi, um dos quatro estudantes ingleses que estudaram conosco e seu fotógrafo costumeiro do jornal dos estudantes. Ele desistiu de tirar fotos da bebedeira ao seu redor. Ele tem olhos apenas para Kate. Ela está com uma camiseta de seda, tipo babydoll, jeans justos e saltos altos, cabelos para cima, com alguns fios descendo por seu rosto, como gavinhas, deslumbrante como sempre. Eu, por outro lado, sou mais uma garota de usar all-star, jeans e camiseta, mas eu estou usando a minha melhor calça jeans. Eu saio do abraço de José e vou para a mesa. Opa! Sinto minha cabeça rodar. Eu tenho de segurar nas costas da cadeira. Coquetéis a base de tequila não são uma boa ideia.
Eu vou para o bar e decido que é melhor ir ao banheiro já que ainda estou de pé. "Bem pensado, (Seu Apelido)". Eu cambaleio para fora da multidão. Claro, há uma fila, mas ao menos está quieto e fresco no corredor. Eu pego meu celular para aliviar a espera tediosa da fila. Humm para quem eu liguei por último? Será eu foi para José? Antes disso há um número que eu não reconheço. Ah sim. Bieber, eu acho que este é o número dele. Eu rio. Eu não faço ideia de que horas são, talvez eu o acorde. Talvez ele possa me dizer por que me mandou os livros e aquela mensagem misteriosa. Se ele deseja que eu me mantenha afastada, ele deveria me deixar em paz. Eu contenho um soluço bêbado e aperto o botão para chamar o número dele de novo.
Ele atende no segundo toque.
- (Seu Nome)? - ele parece surpreso de receber minha ligação. Bem, francamente, eu estou surpresa por ter ligado para ele também. Então meu cérebro atrapalhado registra...Como ele sabe que sou eu?
- Bieber... por que voo... cêêee -*soluço*- ... me enviou os livros? - eu cuspo as palavras para ele.
- (Seu Nome), você está bem? Você soa estranha. - sua voz está cheia de preocupação.
- Bieber, você é o estranho, não eu! - eu o acuso. Pronto. Eu disse a ele com uma coragem nascida do álcool.
- (Seu Nome), você andou bebendo?
- Não é da sua conta! Por que você deve se preocu... preo... preocupar?
- Estou curioso. Onde você está?
- Em um bar.
- Qual?
- Uh, uh... É um bar em Portland.
- Como você vai chegar em casa, (Seu Apelido)?
- Eu dou um jeito. - esta conversa não está sendo como eu pensei.
- Que bar é esse, (Seu Nome)?
- Por que diabos você me enviou o livro Tess de D.. Durb... D'Urberville, Justin?
- (Seu Nome) , onde você está? Diga-me agora! - seu tom é ditatorial, como sempre um maníaco por controle. Eu o imagino como um antigo diretor de cinema, usando calças de equitação, segurando um antigo megafone em uma mão e um chicote na outra. A imagem me faz rir alto.
- Você é tão dominante. - eu rio.
- (Seu Apelido), me ajude, onde, cacete, você está?
Justin Bieber está amaldiçoando comigo. Eu rio de novo.
- Eu estou em Portland...Bem longe de Seattle.
- Onde em Portland?
- Boa noite, Justin!
- (Seu Apelido)!
Eu desligo. Ha! E ele não me respondeu sobre os livros. Eu franzo a testa. Não cumpri minha missão. Eu realmente estou bêbada. – Minha cabeça está girando terrivelmente enquanto eu avanço na fila. Bem, o objetivo de hoje era ficar bêbada. Eu consegui. Então assim que é – provavelmente não é uma experiência que irei repetir. A fila anda e agora é a minha vez. Eu olho sem ver o pôster atrás da porta do banheiro que enaltece as virtudes do sexo seguro. Puta merda, eu acabei de ligar para Justin Bieber? Merda. Meu telefone toca e eu pulo. Eu grito com a surpresa.
- Oi. - eu murmuro timidamente. Eu não reconheci quem era.
- Eu estou indo te buscar. - ele diz e desliga. Apenas Justin Bieber poderia soar calmo e ameaçador ao mesmo tempo.
Puta merda! Eu puxo meu jeans para cima. Meu coração dispara. Vindo me buscar? Ah não! Eu não vou vomitar….não…estou bem. Ele está apenas mexendo com a minha cabeça. Eu não disse a ele onde eu estava. Ele não pode me achar aqui. Além disso, ele está a horas de Seattle e eu terei ido embora há muito tempo quando ele chegar. Eu lavo minhas mãos e olho meu rosto no espelho.
Eu estou levemente corada e ligeiramente sem foco. Hmmm....tequila.
Eu espero no bar, pelo que parece uma eternidade pela jarra de cerveja e eventualmente retorno para a mesa.
- Você demorou. - Kate me repreende. - Onde você estava?
- Eu estava na fila do banheiro.
José e Levi estavam tendo um debate acalorado sobre o time local de baseball. José parou o que estava falando para colocar cerveja para todos nós e tomei um longo gole.
- Kate, acho melhor eu parar um pouco e ir lá fora tomar um pouco de ar.
- (Seu Apelido), você é muito fraca para bebida.
- Eu volto em cinco minutos.
Eu abri caminho pela multidão novamente. Eu estou começando a sentir náuseas, minha cabeça gira desconfortavelmente e eu mal consigo ficar em pé. Mais instável do que de costume. Respirando o ar frio da noite no estacionamento me faz perceber o quão bêbada eu estou.
Minha visão foi afetada e eu estou vendo tudo dobrado, como nas reprises de Tom e Jerry. Eu acho que vou passar mal. Porque eu me deixei ficar nesse estado?
- (Seu Apelido)! - José se junta a mim. - Você está bem?
- Eu acho que eu bebi demais. - sorrio fracamente para ele.
- Eu também. - ele murmura e seus olhos escuros me olham intensamente. - Você precisa de uma mão? - ele pergunta e se aproxima, colocando seus braços ao meu redor.
- José, eu estou bem, pode me soltar. - eu tento me afastar dele, debilmente.
- (Seu Apelido), por favor... - ele sussurra, e agora eu estou entre seus braços, sendo puxada mais para perto.
- José, o que você está fazendo?
- (Seu Apelido), você sabe que eu gosto de você, por favor...
Ele coloca uma de suas mãos em minhas costas, me prendendo contra ele e a outra está no meu rosto, indo para atrás da minha cabeça. Puta merda...ele vai me beijar.
- Não, José, pare! - eu o empurro, mas ele é todo músculos e força e eu não consigo me livrar dele. Sua mão escorreu para o meu cabelo e ele segura minha cabeça em posição.
- Por favor (Seu Apelido), carinho - ele sussurra contra os meus lábios. Seu hálito é suave e doce, margaritas e cerveja. Ele gentilmente espalha beijos pelo meu queixo até minha boca. Eu estou apavorada, bêbada e completamente fora de controle. O sentimento é sufocante.
- José, não! - eu suplico. - Eu não quero isso! Você é meu amigo e eu acho que vou vomitar.
- Eu acredito que a dama disse não.
Uma voz sombria soa suavemente. Puta merda! Justin Bieber está aqui. Como? José me larga.
- Bieber. - ele responde laconicamente.
Eu olho ansiosa para Justin. Ele olha de forma ameaçadora para José. Ele está furioso. Droga. Meu estômago se manifesta e eu me dobro, meu corpo não consegue mais tolerar o álcool e eu vômito espetacularmente no chão.
- Ugh! Dios mio (Seu Nome)! - José pula para trás com nojo. Bieber pega meu cabelo e o levanta para evitar o vômito e gentilmente me leva em direção ao canteiro de flores na borda do estacionamento. Eu noto, com uma grande gratidão, que está relativamente escuro.
- Se você for vomitar novamente, faça isso aqui. Eu seguro você. - ele coloca um de seus braços em meus ombros, enquanto o outro segura meu cabelo para ficar longe do meu rosto. Eu tento desajeitadamente empurrá-lo, mas eu vomito novamente... e novamente...ai! merda!
Por quanto tempo isso irá durar? Mesmo quando meu estômago está vazio e nada mais acontece, arrepios horríveis descem pelo meu corpo. Eu juro silenciosamente que eu nunca mais vou beber de novo. Isto é muito apavorante para por em palavras. Finalmente, para.
Minhas mãos estão apoiadas nos tijolos do canteiro, mal me sustentando. Vomitar profusamente é exaustivo. Bieber tira uma de suas mãos de mim e me passa um lenço. Apenas ele poderia ter um lenço de linha com monograma, recentemente lavado. JDB. Eu não sabia que ainda se podia comprar desses lenços. Vagamente eu me pergunto o que significa o D enquanto eu limpo minha boca. Eu não consigo olhar para ele. Estou afogada na minha vergonha, com nojo de mim mesma. Eu gostaria de ser engolida pelas azaléias que estão no canteiro e estar em qualquer lugar, menos aqui. José ainda está pairando na porta do bar, olhando para nós. Eu gemo e ponho as mãos na cabeça. Este tem de ser o pior momento da minha existência. Minha cabeça ainda está girando enquanto eu tento lembrar um momento pior – e eu só consigo me lembrar da rejeição de Justin – e este tem muito mais sombras escuras em termos de humilhação. Eu arrisco olhar para ele. Ele está olhando para mim, sua face composta, não me deixando perceber nada. Eu me viro para olhar José que parece estar bem envergonhado e, como eu, intimidado por Justin. Eu o encaro. Eu tenho poucas opções de palavras para o meu suposto amigo, nenhuma delas que eu possa repetir na frente de Justin Bieber, presidente executivo. "(Seu Apelido), quem você está enganando? Eu simplesmente te vi vomitando pelo chão e nas flores. Não há nada mais desagradável em termos de educação feminina."
- Eu vejo você lá dentro. - José murmura, mas nós dois o ignoramos e ele entra no prédio. Eu estou por minha conta com Bieber. Dupla droga. O que eu devo dizer a ele?
Desculpe-se pelo telefonema.
- Eu sinto muito. - eu murmuro, olhando para o lenço, que eu amasso furiosamente com meus dedos. Tão macio.
- Pelo que você está se desculpando (Seu Nome)?
Oh Droga! Ele quer seu maldito pedaço de carne.
- Pelo telefonema, estando bêbada. Ah! A lista é interminável. - eu murmuro, sentindo meu rosto ficar vermelho. “Por favor, eu posso morrer agora?”
- Todos nós já passamos por isso, talvez não de forma tão dramática como você. - ele disse secamente. - Isto é sobre conhecer seus limites, (Seu Nome). Eu quero dizer, eu sou a favor de romper os limites, mas talvez isso seja muito brando. Você tem por hábito este tipo de comportamento?
Minha cabeça está zunindo como excesso de álcool e irritação. O que diabos isto tem a ver com ele? Eu não o convidei para vir até aqui. Ele soa como um homem de meia idade dando bronca em uma criança. Parte de mim deseja dizer que se eu quiser ficarei bêbada todas as noites e esta é a minha decisão e ela nada tem a ver com ele – mas eu não sou corajosa o suficiente. Não agora que eu vomitei na frente dela. Por que ele está parado ali?
- Não. - eu digo de forma contrita. - Eu nunca fiquei bêbada antes e agora eu desejo nunca mais ficar.
Eu não consigo entender por que ele está aqui. Eu começo a me sentir fraca. Ele nota minha tontura e me segura antes que eu caia e me levanta em seus braços, me segurando perto de seu peito como se eu fosse uma criança.
- Vamos lá, eu te levo para casa. - ele murmura.
- Eu preciso avisar Kate. - "Minha nossa Senhora! Estou nos braços dele de novo!"
- Meu irmão pode dizer a ela.
- O que?
- Meu irmão Jaxon está falando com a senhorita Kavanagh.
- Ahn? Eu não entendo.
- Ele estava comigo quando você telefonou.
- Em Seattle?
- Não, eu estou no Heathman.
Ainda? Por que?
- Como você me achou?
- Eu rastreei seu telefone (Seu Nome).
Claro que sim! Mas como isso é possível? Seria legal? Perseguidor, meu subconsciente sussurra através da nuvem de tequila que ainda flutua no meu cérebro, mas de alguma maneira, como é ele, eu não me importo.
- Você tem algum casaco ou bolsa?
- Sim, eu vim com os dois. Justin, por favor, eu preciso falar com Kate. Ela vai ficar preocupada. - ele pressionou os lábios em uma linha fina, e acenou concordando.
- Se você precisa.
Ele me coloca no chão e pegando minha mão me leva para dentro do bar. Eu me sinto fraca, ainda bêbada, embaraçada, exausta, mortificada e em algum nível absolutamente emocionada. Ele está agarrando minha mão, tantas emoções confusas! Eu irei precisar de pelo menos uma semana para processar isso tudo.
É barulhento, cheio e a música tinha começado, então havia uma multidão na pista de dança. Kate não estava em nossa mesa e José desapareceu. Levi parecia perdido e largado por sua conta.
- Onde está Kate? - eu gritei por cima do barulho. Minha cabeça havia começado a latejar no mesmo compasso da música.
- Dançando. - ele gritou, e eu podia dizer que ele estava zangado. Ele olhava Justin com suspeita.
Eu luto com meu casaco preto e coloco minha bolsa pequena pela cabeça e ela fica de lado, nos meus quadris. Estou pronta para ir, assim que eu achar Kate.
- Ela está na pista de dança. - eu toco no braço de Justin, fico na ponta dos pés e grito em seu ouvido, acariciando seu cabelo com meu nariz, sentindo seu cheiro limpo e fresco. Ai Meu Deus! Todos esses proibidos, não familiares sentimentos que eu tentei esconder vieram à tona e correram por meu corpo drenado. Enrubesci e em algum lugar dentro, bem dentro de mim meus músculos estalaram deliciosamente.
Ele revirou seus olhos para mim e pegou minha mão, levando-me para o bar. Ele foi servido imediatamente. Nada de espera para o senhor-do-controle Bieber. Será que tudo vem tão facilmente assim para ele? Eu não consigo ouvir o que ele pediu. Ele me entrega um copo grande de água com gelo.
- Beba. - ele grita sua ordem para mim.
As luzes se movem, se torcem e piscam para mim no mesmo ritmo da música, conjurando um estranho jogo de luzes e sombras por todo o bar e clientela. Elas se alternam em verde, azul, branco e um endemoniado vermelho. Ele me olha intensamente. Eu tento respirar.
- Todo ele. - grita.
Ele é tão arrogante. Ele passa uma mão pelos cabelos despenteados. Ele parece frustrado, zangado. Qual é o problema? Tirando uma garota boba e bêbada ligando para ele no meio da noite, que o faz pensar que ela precisa ser resgatada. E acontece que ela realmente acaba precisando ser resgatada de seu amigo amoroso. Então vê-la vomitar violentamente aos seus pés. Oh (Seu Apelido)... será que você desceu tão baixo? Meu subconsciente está figurativamente com as mãos para cima, como um egípcio e olhando para mim através de óculos com formato de meia lua. Eu balanço levemente, e ele coloca sua mão nos meus ombros, me firmando. Eu faço como me foi mandado e bebo o copo inteiro de água. Eu me sinto enjoada. Tirando o copo de mim, ele o coloca no bar. Eu noto através da névoa da bebida que ele está usando uma blusa branca solta, jeans confortável, all-star preto e uma jaqueta. Sua blusa está desabotoada em cima e eu consigo ver o começo dos pelos de seu peito. No meu estado grogue, ele parece delicioso.
Ele pega minha mão mais uma vez. Puta merda! Ele está me levando para a pista de dança. Merda. Eu não danço. Ele pode sentir minha relutância e sobre as luzes coloridas ele parece divertido, sorrindo sardonicamente. Ele aperta e me puxa pela mão e eu estou em seus braços novamente, então ele começa a se mexer, me levando com ele. Cara, ele sabe dançar. E eu não consigo acreditar que eu o estou seguindo passo por passo. Talvez seja porque eu estou bêbada. Ele me segura apertado contra ele, seu corpo colado ao meu... se ele não estivesse me segurando tão apertado, eu estou certa de que eu já teria caído. No fundo da minha mente, o mantra de minha mãe ressoa: nunca confie em um homem que sabe dançar.
Ele nos leva através da pista lotada até o outro lado, perto de Kate e Jaxon, o irmão dele. A música é um martelar constante, alta e ardilosa, dentro e fora da minha cabeça. Eu suspiro. Kate está se movendo. Ela está dançando loucamente e ela apenas faz isso quando ela realmente gosta de alguém. Realmente gosta de alguém. Isso significa que amanhã haverá três de nós para o café da manhã. Kate!
Justin se reclina e grita nos ouvidos de Jaxon. Eu não consigo ouvir o que ele diz. Jaxon é alto, com ombros largos, cabelos loiros lisos, um sorriso aberto e olhos brincalhões. Eu não consigo saber de que cor eles são por causa das luzes. Jaxon concorda e puxa Kate para seus braços, onde ela vai muito contente. Kate! Até mesmo no meu estado inebriado eu fico chocada. Ela acabou de conhecê-lo. Ela concorda com o que quer que Jaxon tenha dito, olha para mim e acena. Justin nos impulsiona para fora da pista de dança rapidamente.
Mas eu não consegui falar com ela. Será que está bem? Eu posso ver que as coisas estão indo bem para os dois. Eu preciso ler sobre como fazer sexo seguro. No fundo da minha mente, eu espero que ela tenha lido um dos posteres do banheiro. Meus pensamentos colidem pelo meu cérebro, brigando com meu estado ébrio e confuso. Está tão quente aqui, tão barulhento, tão colorido – muito brilhante. Minha cabeça começa a rodas, ai, não...e eu consigo sentir o chão subindo para encontrar o meu rosto, quando eu caio.
A última coisa de que me lembro antes de desmaiar nos braços de Justin Bieber e o sonoro epíteto:
- Porra!
[......]
Tudo está em silêncio, as luzes estão apagadas. Estou muito cômoda e aquecida nesta cama. Que bom... Abro meus olhos, por um momento estou tranquila e serena, desfrutando do ambiente, que não conheço. Não tenho nenhuma ideia de onde estou. O travesseiro da cama tem a forma de um sol enorme. Parece-me estranhamente familiar. O quarto é grande e está luxuosamente decorado em tons marrons, dourados e bege. Já a vi isso antes. Onde? Meu ofuscado cérebro procura entre suas lembranças recentes. Droga! Estou no hotel, em Heathman... em uma suíte. Estive em uma parecida junto com Kate. Esta parece maior. Oh, droga. Estou na suíte de Justin Bieber. Como cheguei até aqui?
Pouco a pouco, as imagens fragmentadas da noite começam a me torturar. A bebedeira. — OH, não, a bebedeira. A ligação. —OH, não, a ligação, meu vômito. — OH, não, eu vomitei... José e depois Justin. OH, não. Morro de vergonha. Não recordo como cheguei aqui. Estou vestindo uma camiseta, o sutiã e a calcinha. Sem as meias três quartos e nem o jeans. Droga.
Observo uma mesinha do quarto. Há um copo de suco de laranja e dois comprimidos. Ibuprofeno. Sua obsessão por controle está em todos os lugares. Levanto-me da cama e tomo os comprimidos. A verdade é que não me sinto tão mal, certamente estou muito melhor do que mereço. O suco de laranja está delicioso. Tira-me a sede e me refresca.
Ouço uns golpes na porta. Meu coração bate tão forte e minha voz quase não sai por minha boca, mas mesmo assim, Justin abre a porta e entra.
Ah, ele estava fazendo exercício. Veste uma calça de moletom cinza que lhe cai ligeiramente um pouco abaixo dos quadris e uma camiseta cinza de ginástica, empapada de suor, assim como seu cabelo. Justin Bieber estava suado. A ideia me parece estranha. Eu respiro profundamente e fecho os olhos. Sinto-me como uma menina de dois anos.
- Bom dia, (Seu Nome). Como se sente?
- Melhor do que mereço - eu murmuro.
Levanto o olhar para ele. Ele larga uma bolsa grande, de uma loja de roupas, em um divã e pega ambos os extremos da toalha que tem ao redor dos ombros. Seus impenetráveis olhos cor-de-mel me olham fixamente. Não tenho nem ideia do que está pensando, como sempre. Ele sabe esconder o que pensa e o que sente.
- Como cheguei até aqui? - pergunto-lhe em voz baixa, constrangida.
Ele senta-se num lado da cama. Está tão perto de mim que poderia tocá-lo, poderia cheirá-lo. Minha nossa... Suor, gel e Justin. Um coquetel embriagador, muito melhor que as margaritas, agora sei por experiência.
- Depois que você desmaiou não quis pôr em perigo o tapete de pele de meu carro te levando para a sua casa, assim te trouxe para este local. - respondeu-me sem se alterar.
- Você me colocou na cama?
- Sim. - ele respondeu-me impassível.
- Voltei a vomitar? - pergunto-lhe em voz mais baixa.
- Não.
- Foi você quem tirou minha roupa? — eu sussurro.
- Sim. - ele me olha elevando uma sobrancelha e fico mais vermelha que nunca.
- Não fizemos...? - eu sussurro, com a boca seca, de vergonha, mas não posso terminar a frase. Eu olho para as minhas mãos.
- (Seu Nome), você estava quase em coma. Necrofilia não é a minha área. Eu gosto que minhas mulheres estejam conscientes e sejam receptivas. - ele me responde secamente.
- Sinto muito.
Seus lábios esboçam um sorriso zombador.
- Foi uma noite muito divertida. Demorarei para esquecê-la.
Eu também... OH, ele estava rindo de mim, e muito... Eu não lhe pedi que viesse me buscar. Não entendo por que tenho que acabar me sentindo como a vilã do filme.
- Não tinha por que seguir meu rastro, com algum equipamento pertencente ao James Bond, que está desenvolvendo em sua companhia. - eu digo bruscamente.
Ele me olha fixamente, surpreso e, se eu não me equivoco, um pouco ofendido.
- Em primeiro lugar, a tecnologia para localizar celulares está disponível na internet. Em segundo lugar, minha empresa não investe em nenhum aparelho de vigilância, nem os fabrica. E em terceiro lugar, se não tivesse ido te buscar, certamente você teria despertado na cama do fotógrafo e, se não estou esquecido, você não estava muito entusiasmada com os métodos dele de te cortejar. - ele disse de forma mordaz.
Métodos de me cortejar! Levanto o olhar para Justin, que me olha fixamente com olhos brilhantes, ofendidos. Eu tento morder meus lábios, mas não consigo reprimir a risada.
- De que texto medieval você tirou isso? Parece um cavaleiro branco da corte.
Vejo que seu aborrecimento se vai. Seus olhos se adoçam, sua expressão se torna mais cálida e em seus lábios parece esboçar um sorriso.
- Não acho, (Seu Nome). Um cavaleiro negro, possivelmente. - ele me diz com um sorriso zombador. - Jantou ontem?
Seu tom é acusador. Nego com a cabeça. Que grande pecado cometi agora? Ele tem a mandíbula tensa, mas seu rosto segue impassível.
- Tem que comer. Por isso você passou mal. De verdade, é a primeira norma quando se bebe.
Passa a mão pelo cabelo, mas agora está muito nervoso.
- Você vai continuar me repreendendo?
- Estou te repreendendo?
- Acredito que sim.
- Tem sorte que só estou falando.
- O que quer dizer?
- Bom, se fosse minha, depois do que fez ontem, não se sentaria durante uma semana. Não jantou, embebedou-se e se pôs em perigo.
Ele fecha os olhos. Por um instante o terror se reflete em seu rosto e ele estremece. Quando abre os olhos, me olha fixamente.
- Não quero nem pensar no que poderia ter acontecido.
Eu o fito com uma expressão carrancuda. O que lhe passa? Porque se importa? Se eu fosse dele... Bem, não sou. Embora possivelmente eu gostaria de sê-lo. A ideia abre caminho entre meu aborrecimento por suas palavras arrogantes. Ruborizo-me por culpa de meu caprichoso subconsciente, que dá saltos de alegria com uma saia havaiana vermelha, só de pensar que poderia ser dele.
- Não teria me acontecido nada. Estava com Kate.
- E o fotógrafo? - pergunta-me bruscamente.
Mmm... José. Em algum momento terei que conversar com ele.
- José simplesmente passou da conta.
Encolho meus ombros.
- Bem, na próxima vez que ele passar da conta, alguém deveria lhe ensinar algumas maneiras.
- Você é muito partidário da disciplina. - digo-lhe entre dentes.
- OH, (Seu Nome), não sabe o quanto. - fecha um pouco os olhos e ri perversamente.
Deixa-me desarmada. De repente, estou confusa e zangada, e ao mesmo tempo estou contemplando seu precioso sorriso. Uau... Estou encantada, porque eu não estou acostumada ao seu sorriso. Quase esqueço o que está me dizendo.
- Vou tomar banho. Se você não preferir tomar banho primeiro...
Ele inclina a cabeça, ainda sorrindo. Meu coração bate acelerado e o cérebro se nega a fazer as conexões oportunas para que eu respire. Seu sorriso se faz mais amplo. Aproxima-se de mim, inclina-se e me passa o polegar pelo rosto e pelo lábio inferior.
- Respire, Anastásia. - sussurra-me. E logo se levanta e se afasta. - Em quinze minutos trarão o café da manhã. Deve estar morta de fome. - ele entra no banheiro e fecha a porta.
Solto o ar que estava segurando. Por que é tão alucinantemente atraente? Agora mesmo, me meteria na ducha com ele. Nunca havia sentido algo assim por alguém. Ele ativou meus hormônios. Arde-me a pele por onde ele passou seu dedo. Uma incômoda e dolorosa sensação me faz retorcer. Não entendo esta reação. Mmm... Desejo. É desejo. Assim se sente alguém quando se deseja.
Deixo-me cair sobre os travesseiros suaves de plumas. Se fosse minha... Ai, o que estaria disposta a fazer para ser dele? É o único homem que conseguiu acelerar o sangue em minhas veias. Mas também me põe os nervos em pé. É difícil, complexo e pouco claro. De repente, me rechaça, mais tarde, me manda livros que valem quatorze mil dólares, depois me segue no bar como se fosse um perseguidor. E no fim de tudo, passei a noite na suíte de seu hotel e me sinto segura. Protegida.
Preocupo lhe o suficiente para que venha me resgatar, de algo que equivocadamente acreditou que fosse perigoso. E ainda é um cavaleiro. É um cavaleiro branco, com armadura brilhante, resplandecente. Um herói romântico. Sir Gawain ou sir Lancelot. Saio de sua cama e procuro freneticamente meu jeans. Abro a porta do banheiro e aparece ele, molhado e resplandecente por causa da ducha, ainda sem se barbear, com uma toalha ao redor da cintura, e ali estou eu... De calcinhas, olhando-o boquiaberta e me sentindo muito incômoda.
Surpreende-lhe que eu esteja em pé.
- Se está procurando seu jeans, mandei-o à lavanderia. - ele me fala com um olhar impenetrável. - Estava salpicado de vômito.
- Ah. - fico vermelha. Por que diabos, tenho sempre que sentir-me tão deslocada?
- Mandei Taylor comprar outro e umas sapatilhas esportes. Estão nessa bolsa.
Roupa nova. Isso era realmente inesperado.
- Bom... Vou tomar banho. - eu murmuro. - Obrigada. - que outra coisa posso dizer? Pego a bolsa e entro correndo no banheiro para me afastar da perturbadora proximidade de Justin nu. David de Michelangelo não é nada, comparado com ele. O banheiro está branco de vapor. Dispo-me e entro rapidamente na ducha, impaciente por sentir o jorro de água quente sobre meu corpo.
Levanto a cara para a desejada corrente. Desejo Justin Bieber. Desejo-o desesperadamente. É sincero. Pela primeira vez em minha vida quero ir para cama com um homem. Quero sentir suas mãos e sua boca em meu corpo. Ele me disse que gosta que suas mulheres estejam conscientes. Então certamente ele se deita com mulheres. Mas não tentou me beijar, como Paul e José. Não o entendo. Deseja-me? Não quis me beijar na semana passada. Pareço-lhe repulsiva? Mas estou aqui, ele me trouxe. Não entendo seu jogo. O que pensa? Dormi em sua cama a noite toda, parece-me meio doido. Tire suas conclusões, (Seu Apelido). Meu subconsciente aparece com sua feia e insidiosa cara. Não dou a mínima importância. A água quente me relaxa. Mmm... Poderia ficar debaixo do jato, neste banheiro, para sempre. Pego o gel, que cheira a Justin. É um aroma delicioso. Esfrego todo o meu corpo, imaginando que é ele quem o faz, que ele esfrega este gel pelo meu corpo, pelos seios, pela barriga e entre as coxas, com suas mãos, com seus dedos longos. Minha nossa. Meu coração dispara. E é uma sensação muito... muito prazerosa.
Ele bate na porta e levo um susto.
- Chegou o café da manhã.
- T-tudo bem — o susto me arrancou cruelmente de meu sonho erótico.
Saio da ducha e pego duas toalhas. Com uma envolvo o cabelo ao estilo Carmen Miranda, e com a outra me seco a toda pressa evitando a prazerosa sensação da toalha esfregando minha pele hipersensível. Abro a bolsa. Taylor me comprou não só um jeans, mas também uma camisa azul céu, meias três quartos e roupas íntimas. Minha Nossa!
Sutiã e calcinha limpos... Descrevê-los de maneira mundana, não lhes faz justiça. São de uma marca de lingerie europeia de luxo, com desenho delicioso. Renda e seda azul celeste. Uau. Fico impressionada e um pouco intimidada. E, além disso, é exatamente do meu tamanho. Com certeza. Ruborizo-me pensando no rapaz, em uma loja de lingerie, comprando estes objetos. Pergunto-me a que outras coisas ele se dedica em suas horas de trabalho. Visto-me rapidamente. O resto da roupa também fica perfeito. Seco o cabelo com a toalha e tento desesperadamente controlá-lo, mas, como sempre, nega-se a colaborar. Minha única opção é fazer um acréscimo, mas não tenho secador de cabelo. Devo ter algo na bolsa, mas onde está? Respiro fundo. Chegou o momento de enfrentar o senhor Perturbador. Alivia-me encontrar o quarto vazio. Procuro rapidamente minha bolsa, mas não está por aqui. Volto a respirar fundo e vou à sala de estar da suíte. É enorme. Há uma luxuosa zona para sentar-se, cheia de sofás e grandes almofadas, uma sofisticada mesinha com uma pilha grande de livros ilustrados, uma zona de estudo com o último modelo de computador e uma enorme televisão de plasma na parede. Justin está sentado à mesa de jantar, no outro extremo da sala, lendo o jornal. A sala é mais ou menos do tamanho de uma quadra de tênis. Não que eu jogue tênis, mas fui ver Kate jogar, várias vezes. Kate!
- Merda, Kate! - digo com voz rouca.
Justin eleva os olhos para mim.
- Ela sabe que está aqui e que está viva. Mandei uma mensagem pelo Jaxon. - ele diz com certa ironia.
OH, não. Recordo de sua ardente dança ontem, tirando proveito de todos os seus movimentos, exclusivamente, para seduzir o irmão de Justin Bieber, nada menos. O que vai pensar sobre eu estar aqui? Nunca passei uma noite fora de casa. Está ainda com o Jaxon. Ela só fez algo assim duas vezes, e nas duas vezes, foi meio doido para mim aguentar o espantoso pijama cor de rosa durante uma semana, quando terminaram. Ela vai pensar que eu também me enrolei com Justin.
Justin me olha impaciente. Veste uma camisa branca de linho, com o peito e os punhos desabotoados.
- Sente-se. - ordena, assinalando para a mesa.
Cruzo a sala e me sento na frente dele, como me indicou. A mesa está cheia de comida.
- Não sabia do que você gosta, assim pedi um pouco de tudo.
Dedica-me um meio sorriso, como desculpa.
- Você é um esbanjador. - murmuro atrapalhada pela quantidade de pratos, embora tenha fome.
- É... eu sou - diz em tom culpado.
Opto por panquecas, xarope de arce, ovos mexidos e bacon. Justin tenta ocultar um sorriso, enquanto volta o olhar a sua panqueca. A comida está deliciosa.
- Chá? - ele pergunta-me.
- Sim, por favor.
Estende um pequeno bule cheio de água quente, na xícara há uma saquinho do Twinings English Breakfast. Ele lembrou-se do chá que eu gosto.
- Seu cabelo está muito molhado.
- Não encontrei o secador. - sussurro incômoda. Não o procurei.
Justin aperta os lábios, mas não diz nada.
- Obrigada pela roupa.
- É um prazer, (Seu Nome). Esta cor te cai muito bem.
Ruborizo-me e olho fixamente para meus dedos.
- Sabe? Deveria aprender a receber galanteios. - ele me diz em tom fustigante.
- Deveria te dar dinheiro pela roupa.
Ele me olha como se estivesse ofendendo-o. Sigo falando.
- Já me deu os livros, que não posso aceitar, é obvio. Mas a roupa... Por favor, me deixe que lhe pague isso. - digo tentando convencê-lo com um sorriso.
- (Seu Nome), eu posso fazer isso, acredite.
- Não se trata disso. Por que você me deu esta roupa?
- Porque eu posso.
Seus olhos despedem um sorriso malicioso.
- O fato de que possa não diz que deva. - respondo tranquilamente.
Ele me olha elevando uma sobrancelha, com olhos brilhantes, e de repente me dá a sensação de que estamos falando de outra coisa, mas não sei do que. E isso me recorda...
- Por que me mandou os livros, Justin? - pergunto-lhe em tom suave.
Deixa os talheres e me olha fixamente, com uma insondável emoção ardendo em seus olhos. Maldito seja... Ele me seca a boca.
- Bom, quando o ciclista quase te atropelou... e eu te segurava em meus braços e seus olhos diziam: "me beije, me beije, Justin"... - ele encolhe os ombros. - Bom, acreditei que te devia uma desculpa e uma advertência. - passou uma mão pelo cabelo. - (Seu Nome), eu não sou um homem de flores e corações. Não me interessam as histórias de amor. Meus gostos são muito peculiares. Deveria te manter afastada de mim. - fecha os olhos, como se negasse a aceitá-lo. - Mas há algo em você que me impede de me afastar. Suponho que já o tinha imaginado.
De repente, já não sinto fome. Ele não pode se afastar de mim!
- Então, não se afaste - eu sussurro.
Ele ficou boquiaberto e com os olhos nos pratos.
- Não sabe o que está pedindo.
- Então me explique isso.
Olhamo-nos fixamente. Nenhum dos dois toca na comida.
- Então, sei que sai com mulheres... - digo-lhe.
Seus olhos brilham divertidos.
- Sim, (Seu Nome), eu saio com mulheres. - ele faz uma pausa para que assimile a informação e de novo me ruborizo. Tornou-se a romper o filtro que separa meu cérebro da boca. Não posso acreditar que disse algo assim em voz alta.
- Que planos tem para os próximos dias? - ele me pergunta em tom suave.
- Hoje trabalho, a partir do meio-dia. Que horas são? - exclamo assustada.
- Pouco mais de dez horas. Tem tempo de sobra. E amanhã? - colocou os cotovelos sobre a mesa e apoiou o queixo em seus compridos e finos dedos.
- Kate e eu vamos começar a empacotar. Mudamos para Seattle no próximo fim de semana, e eu trabalho no Clayton's toda esta semana.
- Já têm casa em Seattle?
- Sim.
- Onde?
- Não lembro o endereço. Mas é no distrito de Pike Market District.
- Não é longe da minha casa. - diz sorrindo. - E no você que vai trabalhar em Seattle?
Onde quer chegar com todas estas perguntas? O santo inquisidor Justin Bieber é quase tão pesado como a Santa inquisidora Katherine Kavanagh.
- Mandei meu curriculum para vários lugares para fazer estágio. Ainda espero resposta.
- Você mandou para a minha Companhia?
Ruborizo-me... Claro que não.
- Bom... não.
- O que há de ruim com minha Companhia?
- Sua "companhia" ou sua Companhia (empresa)? — pergunto-lhe com uma risada maliciosa.
- Está rindo de mim, senhorita Steele?
Inclina a cabeça e acredito que parece divertido, mas é difícil sabê-lo. Ruborizo e desvio meu olhar para meu café da manhã. Não posso olhá-lo nos olhos quando fala nesse tom.
- Eu gostaria de morder esse lábio. - sussurra perturbadoramente
Não estou consciente de que estou mordendo meu lábio inferior. Depois de um leve susto, fico boquiaberta. É a coisa mais sexy que me disse. Meu coração pulsa a toda velocidade e acredito que estou ofegando. Meu Deus! Estou tremendo, totalmente perdida e meio doida. Mexo-me na cadeira e procuro seu impenetrável olhar.
- Por que não o faz? - o desafio em voz baixa.
- Porque não vou te tocar, (Seu Nome)... não até que tenha seu consentimento por escrito — diz-me esboçando um ligeiro sorriso.
O quê?
- O que quer dizer?
- Exatamente o que falei. - sussurra e move a cabeça divertido, mas também impaciente.
- Tenho que lhe mostrar isso (Seu Nome). A que hora sai do trabalho esta tarde?
- Às oito.
- Bem, poderíamos ir jantar na minha casa em Seattle, esta noite ou no sábado que vem, onde lhe explicaria isso. Você decide.
- Por que não me pode dizer isso agora?
- Porque estou desfrutando o meu café da manhã e de sua companhia. Quando você souber, certamente não vai querer voltar a me ver.
- O que significa tudo isto? Trafica com meninos de algum recôndido fundão do mundo para prostituí-los? Faz parte de alguma perigosa gangue mafiosa?
Isso explicaria por que é tão rico. É profundamente religioso? É impotente? Seguro que não... poderia me demonstrar isso agora mesmo. Incomodo-me pensando em todas as possibilidades. Isto não leva a nenhuma parte. Eu gostaria de resolver o enigma de Justin Bieber, o quanto antes. Se isso implicar que seu segredo é tão grave que não vou querer voltar ou ter nada com ele, então, a verdade será um alívio. Não se engane!, grita o meu subconsciente. Terá que ser algo muito ruim para que saia correndo.
- Esta noite.
- Esta noite.
Levanta uma sobrancelha.
- Como Eva, quero provar quanto antes o fruto da árvore da ciência.
Solta uma risada maliciosa.
- Está rindo de mim, Sr. Bieber? — pergunto-lhe em tom suave.
Olha-me apertando os olhos e saca seu BlackBerry. Tecla um número.
- Taylor, vou necessitar do Charlie Tango.
Charlie Tango! Quem é esse?
- Desde Portland. A... digamos às oito e meia... Não, fica na escala... Toda a noite.
Toda a noite!
- Sim. Até amanhã pela manhã. Pilotarei de Portland a Seattle.
Pilotará?
- Piloto disponível ás dez e meia.
Deixa o telefone na mesa. Sem dizer nem por favor, nem obrigado.
- As pessoas sempre fazem o que você manda?
- Eles devem fazê-lo, se não quiserem perder seu trabalho. - ele responde-me inexpressivo.
- E se não trabalharem para você?
- Bom, posso ser muito convincente, (Seu Nome). Deveria terminar o café da manhã. Logo a levarei para casa. Passarei para te buscar pelo Clayton's as oito, quando sair. Voaremos à Seattle.
- Voaremos?
- Sim. Tenho um helicóptero.
Olho para ele boquiaberta. Segunda entrevista com o misterioso Justin Bieber. De um café a um passeio em helicóptero. Uau.
- Iremos a Seattle de helicóptero?
- Sim.
- Por quê?
Ele sorri perversamente.
- Porque eu posso. Termine o café da manhã.
Como vou comer agora? Vou a Seattle de helicóptero com Justin Bieber. E quer me morder o lábio... Estremeço só de pensar.
- Coma. - ele diz bruscamente. - (Seu Nome), não suporto jogar comida fora... Coma.
- Não posso comer tudo isto. - digo olhando o que ficou na mesa.
- Coma o que há em seu prato. Se ontem tivesse comido como devido, não estaria aqui e eu não teria que mostrar minhas cartas tão cedo.
Aperta os lábios. Parece zangado.
Franzo o cenho e miro a comida que há em meu prato, já fria. Estou muito nervosa para comer, Justin. Você não entende? Explica meu subconsciente. Mas sou muito covarde para dizê-lo em voz alta, sobretudo, quando parece tão áspero. Mmm... como um menino pequeno. A ideia me parece divertida.
- O que parece tão engraçado? - pergunta-me.
Como não me atrevo a dizer-lhe, não levanto os olhos do prato. Enquanto eu como a última parte da panqueca, elevo o olhar. Ele me observa com olhos escrutinadores.
- Boa garota. Te levarei para casa assim que tenha secado o cabelo. Não quero que fique doente.
Suas palavras têm um pouco de promessa implícita. O que quer dizer? Levanto-me da mesa. Por um segundo me pergunto se deveria lhe pedir permissão, mas descarto a ideia. Parece-me que abriria um precedente perigoso. Dirijo-me a seu quarto, mas uma ideia me detém.
- Onde dormiu?
Viro-me para olhá-lo. Está ainda sentado à mesa de jantar. Não vejo mantas nem lençóis pela sala. Possivelmente já os tenha recolhido.
- Em minha cama. — responde-me, de novo, com olhar impassível.
- Oh.
- Sim, para mim também foi uma novidade. - ele diz sorrindo. - Dormir com uma mulher... sem sexo.
- Sim, "sexo". — digo e ruborizo, é obvio.
- Não. - responde movendo a cabeça e franzindo o cenho, como se acabasse de recordar algo desagradável. - Sinceramente, só dormir com uma mulher.
Agarra o jornal e segue lendo.
O que significa isso? Alguma vez dormiu com uma mulher? É virgem? Duvido, de verdade. Fico olhando-o sem acreditar nisso. É a pessoa mais enigmática que já conheci. Dei-me conta de que dormi com Justin Bieber. Daria tudo para estar acordada e vê-lo dormir. Vê-lo vulnerável. É difícil imaginar. Bom, acho que descobrirei esta noite.
Já no quarto, procuro em uma cômoda e encontro o secador. Seco o cabelo como posso, lhe dando forma com os dedos. Quando terminei, vou ao banheiro. Quero escovar os dentes. Vejo a escova de Justin. Seria como colocar ele na boca. Mmm... Olho rapidamente para a porta do banheiro... me sentindo culpada. Está úmida. Deve tê-la utilizado. Agarro-a a toda pressa, coloco pasta de dente e me escovo rapidamente. Sinto-me como uma garota má. Resulta muito emocionante.
Recolho a camiseta, o sutiã e a calcinha de ontem, coloco na sacola que Taylor me trouxe e volto para a sala de estar a procurar da bolsa e da jaqueta. Para minha grande alegria, tenho um elástico de cabelo na bolsa. Justin me observa com expressão impenetrável enquanto me arrumo. Noto como seus olhos me seguem enquanto me espera que eu termine. Está falando com alguém no seu celular.
- Querem dois...? Quanto vai custar...? Bem, e que medidas de segurança temos ali...? Irã pelo Suez...? Ben Suam é seguro...? E quando a Darfur...? De acordo, adiante. Mantenha-me informado de como vão às coisas.
- Está pronta? - ele pergunta.
Confirmo. Pergunto-me sobre o que era a conversa. Pega uma jaqueta azul marinho, agarra as chaves do carro e se dirige à porta.
- Você primeiro, Srta. Steele. — murmura abrindo a porta.
Tem um aspecto elegante, embora informal.
Fico olhando-o por um segundo mais. E pensando que dormi com ele esta noite, e que, fora às tequilas e o vômito, continua aqui. Não só isso, mas além disso quer me levar a Seattle. Por que a mim? Não o entendo. Cruzo a porta recordando suas palavras: "Há algo em você...". Bom, o sentimento é mútuo, Sr. Bieber, e quero descobrir qual é seu segredo.
Percorremos o caminho em silencio até o elevador. Enquanto esperamos, levanto um instante à cabeça para ele, que está me olhando. Sorrio e ele franze os lábios.
Chega o elevador e entramos. Estamos sozinhos. De repente, por alguma inexplicável razão, provavelmente por estar tão perto em um lugar tão reduzido, a atmosfera entre nós muda e se carrega de elétrica e excitante antecipação. Minha respiração acelera e o coração dispara. Ele olha um pouco para mim, com olhos totalmente impenetráveis. Olha para meus lábios.
- Foda-se a papelada. - encosta-se em mim e me empurra contra a parede do elevador. Antes que me dê conta, me prende os dois pulsos com uma mão, levanta-os acima da minha cabeça e me imobiliza contra a parede com os quadris. Meu Deus. Com a outra mão me agarra pelo cabelo, puxa-o para baixo para me levantar o rosto e cola seus lábios aos meus. Quase me faz mal. Gemo o que lhe permite aproveitar a ocasião para colocar a língua e explorar minha boca. Nunca me beijaram assim. Minha língua acaricia timidamente a sua e se une a uma lenta e erótica dança de sensações, de sacudidas e empurradas. Levanta a mão e agarra a minha mandíbula para que não me mova. Estou indefesa, com as mãos unidas acima da cabeça, o rosto preso e seus quadris me imobilizando.
Sinto sua ereção contra meu ventre. Meu deus... ele me deseja. Justin Bieber, o deus grego, me deseja, e eu o desejo, aqui... Agora, no elevador.
- Você.É.A.Coisa.Mais.Doce.Que.Eu.Já.Encontrei! - ele murmura entrecortadamente.
O elevador se detém, e a porta se abre, e em um abrir e fechar de olhos ele me solta e se separa de mim. Três homens trajados de ternos nos olham e entram sorridentes. Meu coração está acelerado. Sinto como se eu tivesse subido correndo por um grande morro. Quero me inclinar e me sujeitar às risadas, mas seria muito óbvio.
Eu o olho. Parece absolutamente tranquilo, como se tivesse estado fazendo palavras cruzadas do Seattle Time. Que injusto. Não o afeta o mínimo a minha presença? Me olha de canto de olho e deixa escapar um ligeiro suspiro. Ok, o afeta, e a deusa interior que levo dentro de mim, sacode os quadris e dança um SAMBA para celebrar a vitória. Os homens de negócios descem no primeiro andar.
- Você escovou os dentes. - ele fala me olhando fixamente.
- Usei sua escova.
Seus lábios esboçam um meio sorriso.
- Ai, (Seu Nome) Steele, o que vou fazer contigo?
As portas se abrem no saguão, ele pega a minha mão e sai comigo.
- O que há com elevadores? - ele murmura para si mesmo, cruzando o saguão em grandes passos. Luto para alcançar seus passos, porque todo meu raciocínio ficou esparramado pelo chão e as paredes do elevador número 3 do hotel Heathman.
Oi amores!!! Aqui está mais um capítulo de CTC...
Quero avisar que dessa vez eu não pedirei nenhuma quantia de comentários... só digo que, dependendo se tiver comentários aqui, de noite eu posto o 12º capítulo...
Me sigam no twitter @GislaineCollins
xx
amei continua logo
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ResponderExcluirta mais que perfeito continua
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