sábado, 31 de agosto de 2013

Cinquenta Tons de Cinza - 10º Capítulo




P.O.V. Justin Bieber On


       Eu não posso tirar seu rosto da minha cabeça. O olhar aniquilado que ela tinha, e o desgosto que foi exibido em seu rosto, como se tivesse uma morte na família. Eu não posso pegar de volta o que eu disse. É para seu próprio bem. Ela é muito inocente. Muito doce. E também merecedora de algo além  do que eu posso oferecer a ela. Mas, então, sua presença me puxa para ela. Eu estou dilacerado por dentro com este furacão de emoções. Eu simplesmente não posso apresentá-la ao meu mundo escuro! Ela merece melhor, ela precisa de alguém para arrebatá-la do chão, dar-lhe ‘corações e flores’ como  é  claramente o que ela deseja. Mas, então, esta idéia de alguém a tocando me mata por dentro! 
       Eu odeio esse sentimento estranho que está me comendo, agarrando-se em minha alma. Eu odeio ser assim. Eu sou estúpido com todo mundo. Até mesmo Taylor, que geralmente tem sua cara de poker. Eu estou muito irritável.
Já tem quase uma maldita semana. Eu estou olhando para ela de longe como um adolescente! Ela vai para a escola, vai para o trabalho, enquanto eu ainda estou dirigindo o meu mundo a partir do Heathman Hotel, em Portland. Eu posso dirigir minha empresa daqui até eu terminar meu compromisso com a cerimônia de formatura do WSU, onde eu deverei entregar os diplomas para a turma de formandos. Incluindo o dela... Anastasia. Por que não posso tirá-la da minha mente? O que eu sou, um porra de um adolescente? Diversão... O que eu preciso é diversão. Mas nada está me atraindo, exceto ela. É como se o seu corpo me chamasse, seu espírito, seu sangue, seu ser. Eu não posso escapar deste sentimento, porra!
Eu tenho que fazer algo para mostrar a ela que estou interessado nela, mas eu ainda sinto que tenho que adverti-la. Ela adora os clássicos britânicos e Thomas Hardy, ela disse. Eu decido enviar-lhe uma primeira edição de Tess of the D' Urbervilles, com uma nota. Tenho certeza de que ela já o leu. Eu quero que ela fique longe, mas não se afaste. Pelo menos eu vou dar-lhe um aviso. Se ela me rejeitar, por fim, talvez, posso seguir em frente. Talvez...

Eu escrevo a nota manuscrita:

"Por que você não me disse que havia perigo? Por que você não me avisou?
Senhoras sabem contra o que se precaver, Porque lêem romances que lhes dizem essas coisas..."

Eu encomendo uma 1ª edição do livro e mando entregá-la em sua casa com a minha nota de advertência, esperando que ela vá dar atenção ao meu aviso, embora parte de mim também espera que ela vá ignorá-lo. Eu nunca havia desejado alguém tanto, tão intensamente, e eu tive muitas mulheres! Eu me repreendo de que eu posso ter a mulher que eu quiser, à minha escolha. Quase qualquer mulher! Mas eu não quero qualquer mulher! Eu quero ela! Talvez se eu puder aguentar até sua formatura e se eu vê-la, então, talvez, eu posso declarar-me para ela. Eu estou fodidamente perdendo meu juízo! Ela me enfeitiçou de corpo e alma! Eu não quero ficar longe dela!
É noite de sexta-feira. Eu jantei no meu quarto de hotel com o meu irmão Elliot, que trouxe algumas roupas para mim, uma vez que eu não tinha intenção de ficar tanto tempo. Meu telefone toca. Eu olho para o identificador de chamadas e é ela! (Seu Nome)! Eu atendo o telefone no segundo toque quase sem fôlego, surpreso, mas suavemente eu pergunto: 
    -(Seu Nome)?
  Ela não soa bem. Ela está doente? Eu estou imediatamente alerta e atento a sua voz. Sua voz está arrastada.
    -Bieber ...- ela parece fora de si. - por que voo...cêeee...-* soluços * - ...me enviou os livros?
       Eu me sinto imediatamente preocupado. Eu entro em um modo protetor porque ela não está bem. Há definitivamente algo de errado com ela!
    -(Seu Nome)? Você está bem? Você parece fora do tom, estranha ...
  Ela ri e soluça novamente. 
    -Bieber, você é o estranho, não eu! - ela está bêbada!
    -(Seu Nome), você andou bebendo? - pergunto incrédulo.
    -Não é da sua conta! Por que você deve se preocu ... preo ...- ela se esforça para completar a sua sentença. - ...preocupar? 
    -Só por curiosidade. Diga-me, onde está você? 
   Ela ri, realmente ri. 
    -Em um bar! - ela cospe.
    -Qual?
    -Uh uh ... É um bar em Portland.
    -Como você vai chegar em casa, (Seu Apelido)?
    -Não sei, - soluços. - Eu vou encontrar um jeito.
    -Que bar é (Seu Nome)?
    -Por que diabos você me enviou o livro Tess de D.. Durb ... D'Urberville,  Justin?
    -(Seu Nome) ...- eu digo com toda a calma possível, pois a minha raiva está aumentando ao ponto de ebulição.- Diga-me onde você está! - minha intranquilidade está misturada com raiva.
    -Você é muitoooo mandão, maníaco por controle ...
    -Onde porra você está, (Seu Apelido)? Me ajude, eu vou descobrir de  um jeito ou de outro!
    -Oh, muito longe ... de .. onde você está. Éééé... de Seattle. 
    -(Seu Apelido), por favor .. Onde você está? 
    -Boa noite, Justin! - e ela desliga! Na minha cara!
    -TAYLOR! - eu berro. Meu irmão me olha divertido. Ele nunca me viu perseguindo uma mulher, e ele se diverte com o espetáculo.
    -Sim, senhor.- ele aparece.
    -Eu preciso de você para rastrear o telefone celular de (Seu Nome) Steele. Descobrir sua localização!  Agora!
    -Senhor!
       Ele configurou um pequeno centro de comando, preparado para controlar até mesmo uma missão espacial,  o que dirá encontrar a localização de uma senhorita (Seu Nome) Steele. Poucos minutos mais tarde, eu tenho o local. Jaxon abre a boca para dizer alguma coisa,  e eu o impeço com um gesto com a mão, e ele sorri erguendo as mãos em um gesto de rendição.
    -Taylor! Vamos! - eu digo, e Jaxon também pega sua jaqueta, deslizando junto. Eu olho para ele incisivamente. Ele diz sorrindo:
    -Ei, mano! Eu  sempre  pensei  que  você  fosse  gay!  Isso  eu  tenho  que ver! - eu cerro os dentes,  mas deixo-o vir junto.
    -Sim, senhor. - nós voamos pela noite do Heathman até o bar. Eu chamo (Seu Apelido) de volta com satisfação à medida que ganhamos velocidade através da noite.
    -Oi. - ela responde com medo. É isso mesmo! Você precisa ter medo.
    -Eu estou indo buscar você! - eu desligo, fervendo.
       Não é muito longe de onde eu estou, e fazemos isso em dez minutos depois de eu desligar. Eu a localizo em frente ao bar, onde encontro o fotógrafo fazendo seus avanços sobre ela, enquanto ela está debilmente tentando afastá-lo. Eu quero espancar até matar o filho da puta! Jaxon está comigo.
    -Vá procurar sua colega de quarto. Bonita. Cabelo loiro avermelhado. Ela se chama Kate Kavanagh!
    -Bonita e loira? Com prazer! - ele sorri e suavemente entra no bar.
    -Creio que a senhorita disse Não! - eu sibilo através dos meus dentes enquanto eu saio da escuridão. Estou usando todo o meu auto-controle para não saltar sobre ele, e espancá-lo. Ele a solta.
    -Bieber. - diz ele laconicamente.
       Como se aproveitando da deixa (Seu Nome) se curva e lança o conteúdo de seu estômago no pátio de concreto, espirrando o filho da puta, que pula prá trás, resmungando algo em espanhol. Ela é apenas capaz de ficar de pé. Corro para manter sua cabeça firme, puxando seu cabelo para trás. Eu a levo para o canteiro de flores, onde ela pode salpicar menos, enquanto despeja  o conteúdo de seu estômago na relativa escuridão.
    -Se você for vomitar, faça-o aqui. - eu digo. Ela vomita por um longo tempo e, mesmo depois que todo o conteúdo de seu estômago se foi, ela continua a ter ânsias. Eu entrego-lhe o meu lenço. Ela o pega envergonhada, enquanto o porra do atacante olha da porta como um gato que derramou seu leite. Ele murmura para ela que ele vai vê-la lá dentro, e vai embora! Vai embora! Que tipo de amigo primeiro força a mão sobre sua amiga e então a deixa com um completo estranho para ser cuidada? (Seu Apelido) está muito bêbada, mas ela consegue dizer "eu sinto muito."
    -Você sente muito o quê, (Seu Nome)? - eu pergunto. É melhor ser bom.
    -Oh, você quer a lista? O telefonema ... vomitar ... mas principalmente a chamada telefônica. - ela parece envergonhada olhando para as mãos.
    -Todos nós já estivemos assim uma vez ou outra, mas talvez não tão mal como você está. - ela olha como se eu a tivesse esbofeteado. Mas eu prossigo, -Você tem o hábito de forçar seus limites dessa forma? Não me interprete mal, eu sou a favor de forçar os limites, mas não desta maneira.
    Ela está furiosa comigo e desafiadora.
    -Eu nunca tinha ficado bêbada antes, e...- segurando a cabeça tentando se firmar, ela acrescenta,- ...eu não tenho nenhuma intenção de ficar de novo. - ela cambaleia, e eu a agarro e seguro-a perto de meu peito agora que o perigo de vomitar passou.
    -Venha, eu vou levá-la para casa. - eu digo.
    -Como você me encontrou? - ela pergunta  petulantemente.
    -Eu rastreei o seu telefone.
       Ela olha para mim com uma expressão que parece confusa e divertida ao mesmo tempo.
    -Eu tenho que pegar minha bolsa e a jaqueta. - ela diz. Ela também quer dizer para sua colega de quarto que ela está de saída. Eu digo a ela que meu irmão Jaxon está dentro e dançando com Kate. Ela parece surpresa, mas ela quer entrar. Eu a levo de volta para o bar, mas eu não quero que ela fique mais doente do que ela já está. Então eu a levo para o bar, e peço uma bebida e para ela,  um grande copo de água gelada. Eu a faço beber. Tudo. Eu posso ver que seu olhar diz "você é mandão!" E acho isso meio erótico. Ela me confronta até mesmo com seu olhar. Uma vez que ela termina de beber sua água, eu a puxo para mim, inalando seu perfume pessoal inebriante de baunilha, sabonete, e ar livre. De alguma forma isso se torna uma mistura intoxicante. Eu tenho dificuldade em manter minhas mãos longe dela. Eu a levo gingando para a pista de dança, e alcanço o meu irmão Jaxon e Kate, a companheira de quarto de (Seu Nome), que está como ‘branco no arroz’ em meu irmão dançando e tendo um ótimo momento. (Seu Apelido) diz a ela que eu vou levá-la para casa. Ela nos dá um aceno de adeus, sorrindo. Enquanto eu tento apoiar (Seu Apelido) para fora do bar e do barulho, ela começa a balançar, e antes  que eu perceba, estou gritando : 
    -Porra!
       Ela está no chão estirada. Esta é a terceira vez. Eu vou sempre estar pegando-a do chão? De alguma forma, até mesmo o pensamento disto é cativante embora eu odeie vê-la cair e se machucar. Eu a levanto e carrego em meus braços, e a coloco no SUV Audi. Taylor nos leva para o hotel. Eu a levo para a minha suíte em meus braços como a carga mais preciosa, como uma criança. Eu olho para seu rosto bonito. Ela é tão cativante. Eu só quero passar meus dedos pelo seu cabelo e seu rosto, e sentir e olhar para ela. Quando eu entro na minha suíte eu a levo para o meu quarto. Eu estou enfeitiçado por esta menina inocente. Completamente envolvido. Ela está aqui na minha cama, e eu estou completamente sem defesa contra ela. Contra esta bela adormecida.
Eu despacho Taylor, dizendo: 
    -Isso é tudo Taylor!
    -Boa noite, senhor! - e volta para o seu quarto.
       Eu deito (Seu Nome) depois de retirar a colcha da cama. Olho para ela por alguns minutos, horas,  eu não sei. Eu não posso afastar meu olhar dela,  minha respiração está ofegante com sua aparência calma.
       Eu me ajoelho no chão e desato os cordões de seus sapatos Converse. Eu os tiro  de seus pés. Depois eu tiro as meias. Eu, então, abro o zíper do jeans e os tiro fora descobrindo suas longas pernas perfeitas. Eu puxo o edredom sobre ela, sento na cadeira olhando-a, numa posição infantil, respirando lentamente. Isso me dá uma enorme quantidade de paz, que eu não sentia há muito tempo. Eu só quero rastejar para o lado dela, e abraçá-la a noite toda. Eu nunca tive alguém ao meu lado na cama... para dormir. Esta é uma primeira. Eu retiro minha calça e camisa. Eu coloco uma t-shirt, e desligo a luz da mesa lateral. Pela primeira vez na minha vida, eu durmo um sono tranquilo, sem pesadelos com a prostituta viciada em crack, que era minha mãe, ou seu cafetão. Eu sonho com (Seu Nome).

Sendo a pessoa madrugadora que eu sou, eu acordo cedo, após o que pareceu ser uma noite muito tranquila ao lado da bonita (Seu Nome). Eu poderia olhá-la por horas, mas eu preciso exercitar-me para me livrar desta atração sexual por ela. Eu coloco minha roupa de treinar. Deixo na mesa de cabeceira um copo de suco de laranja para dar-lhe um reforço de vitaminas e dois comprimidos de Advil para  livrar-se da ressaca. Eu me exercito duro, suor jorrando de mim. Depois do que parece uma eternidade, eu volto para a minha suíte, e bato na porta do meu quarto antes de entrar, para não fazê-la se sentir desconfortável. Ela está acordada, e seus olhos me olham e analisam. Quando seus olhos permanecem sobre as manchas de suor de minhas calças de treino, sua respiração fica ofegante, e esta reação faz algo para mim, e eu me sinto endurecer.
    -Bom dia, (Seu Nome)! - eu digo. -Como você se sente?
    -Melhor do que eu mereço. - ela sussurra timidamente, em seguida, olha para mim com seus brilhantes olhos azuis. Enquanto eu tiro a toalha do meu pescoço, ela olha para mim atentamente e pergunta: -Como eu cheguei aqui?
       Eu me aproximo da cama e me sento na beirada. Estou perto o suficiente para tocá-la, mas  eu não vou. Eu não quero dizer a ela que eu quis olhar para ela a noite para poder decidir se ela é o que eu quero. Eu opto por uma explicação mais leve.
    -Uma vez que você conseguiu vomitar toda a proximidades do bar, eu não queria arriscar os bancos de couro do carro. Eu a trouxe aqui em vez de sua casa. Estava mais perto. - eu digo passivamente.
    Ela morde o lábio suspendendo minha respiração. -Você me colocou na cama?
    -Sim. - eu digo com a minha cara de poker.
    -E me despiu? - diz ela em um sussurro quase inaudível mastigando aquele lábio novamente.
    -Sim. - olhando para seus lábios.
    -E,  nós ... uhm? - ela arqueou as sobrancelhas, e ficou vermelha antes de baixar seu olhar.
    -Não, (Seu Nome). Você estava completamente desmaiada. Eu não faço necrofilia. Eu prefiro minhas mulheres completamente receptivas, e conscientes. - eu digo secamente.
       Ela fica vermelha quando a compreensão passa por seu rosto. Isso mesmo. Eu sou muito direto!
    -Mas foi uma experiência muito interessante ter você na minha cama.
    -Você dormiu ao meu lado?
    -É a minha cama. - eu digo ironicamente. -Foi um deleite e eu não vou esquecer por algum tempo. - eu digo. Por um longo tempo...
       Ela questiona-me sobre minhas tendências de perseguidor, como ela chama. Embora ela soe como repreendendo, ela parece satisfeita.
    -Você devia estar feliz por eu perseguir você, porque senão em vez de aqui, você teria acordado ao lado do fotógrafo, que estava pressionando em você ontem à noite, de fato, com bastante força. - eu digo lembrando, nada satisfeito, e minha raiva subindo novamente contra o filho da puta.
    -Você soa como um cavaleiro branco da corte. - diz ela. Sua observação incorreta me derruba, e me leva de volta às minhas preocupações. Quão pouco você me conhece. Não há nenhuma luz sobre mim, baby. É tudo escuro e fodido.
    -(Seu Nome), não há nada claro em mim. - digo. -Talvez um cavaleiro escuro. - ela olha incrédula. Dou-lhe um sorriso amargo. É muito cedo para falar sobre a minha alma escura, ou mesmo sobre a falta dela. Eu mudo de assunto.
    -Você comeu na noite passada? - eu a questiono. Ela balança a cabeça negativamente. Eu estou chocado.
    -(Seu Nome), foi por isso que você ficou profundamente mal na noite passada! Você deve sempre comer, especialmente se você pretende beber! - eu reclamo exasperado com ela. Ela recua, mas responde.
    -Você vai continuar me repreendendo esta manhã?
    -Estou repreendendo você?
    -Você com certeza parece estar. - diz ela com petulância.
    Bom, eu acho que minhas mãos estão se contraindo. -Fique feliz que isto é tudo que eu estou fazendo. Se você fosse minha, você não poderia  se sentar, por uma semana, depois do que fez ontem!
    -O que eu fiz? - ela franze a testa em retorno. -O que você tem com isso, afinal? Quem te pediu para pular dentro e me salvar? 
       Sua resposta me é estranhamente dolorosa, outro sentimento com que eu não estou familiarizado.
    -Você se comportou mal. Você não comeu, você bebeu demais, e ficou doente, e teria mesmo sido estuprada por quem você chama seu amigo. Você se colocou em posição de se machucar!
       Ela abaixa o olhar novamente decepcionada. -José é meu amigo, ele não teria me machucado. Talvez ele acabou saindo da linha por beber demais.
    -Talvez ele deveria aprender a ter boas maneiras! - eu mal me contenho. Talvez eu deveria ensinar-lhe uma lição que ele nunca vai esquecer! Ela olha para mim e bloqueia o olhar comigo.
    -Você é muito disciplinador, Sr. Bieber. - ela despeja. Baby, você não tem idéia! Eu sorrio.
    -Oh, (Seu Apelido), se você soubesse o quanto! - meu sorriso fica maior. Às vezes, ela vê através de mim. Levanto-me e caminho em direção ao banheiro. -Eu vou tomar banho agora, a menos que você queira ir primeiro ...- ofereço.        Ela suspira e prende a respiração. Meu corpo responde a ela como o metal ao ímã. Eu ando em direção a ela e gentilmente puxo seu lábio inferior para fora do alcance de seus dentes. Meu polegar roça sobre o lábio inferior enquanto o choque da corrente passa entre nós em um fluxo constante. Eu quero deitá-la e transar com ela, aqui e agora!
  Em vez disso eu digo:
    -Respire, baby! - e libero seu rosto. Eu sinto seu olhar colado atrás de mim quando eu me movo para o banheiro. Eu estou fisgado.
       Eu tomo uma ducha tão rapidamente quanto eu posso para não perder um minuto com ela. Eu tomo o mais rápido banho de minha história pessoal, e saio calmamente com uma toalha enrolada na cintura. Ela está fora da cama, olhando ao redor. Seu queixo cai quando ela me vê, mas, por outro lado, o mesmo acontece com o meu ao vê-la, tão perto de estar nua. Uma inocente mulher de tirar o fôlego, que é muito inconsciente de sua própria beleza. Ela está paralisada ainda em seu lugar. Eu digo a ela que seus jeans estavam sujos com seu vômito, e apontei para as roupas limpas que eu tinha dito a Taylor para comprar para ela esta manhã. Seus olhos brilham, e tentando me esconder seu olhar, ela murmura     -Vou tomar ... uhm .. um banho agora. - e caminha para o banheiro.
       Eu me visto com minha calça e a camisa de linho branco. Eu levo meu jornal para ler na mesa enquanto espero a comida chegar. Dez minutos mais tarde, há uma batida na porta. Serviço de quarto. Eu deixo o garçom colocar a comida na mesa de jantar. Depois de dispensá-lo, eu vou para a porta do banheiro e bato, avisando a (Seu Nome) que a comida está aqui. Ela gagueja um "tudo bem", me fazendo sorrir. Ela fica muito desconfortável junto aos homens. Muito inexperiente. De alguma forma, isso me deixa satisfeito. Quando ela sai do banheiro, ela está de tirar o fôlego, inocente, mas me faz franzir a testa quando eu vejo seu cabelo molhado. Eu tenho essa urgência protetora de mantê-la segura até de si mesma.
    -Você não secou o cabelo! - eu reclamo com ela.
    -Eu não vi o secador de cabelo. - ela murmura. Eu estreito meus olhos. Ela não é minha... Ela não é minha... Ela não é minha... Eu me repreendo. Ainda não... Mas eu gostaria que ela fosse.
    -Você fica estonteante com esta cor. - eu me vejo dizendo, incapaz de afastar meu olhar de cima dela. Ela cora
    -Obrigada pelas roupas Justin. - diz ela mordendo o lábio novamente. -Eu vou pagar a você por elas.
       Eu franzo a testa. Eu não quero ser pago por elas! Eu posso pagar por elas. Eu sinto como se eu devesse cuidar dela.
    -Você deve aprender a graciosamente aceitar presentes, (Seu Apelido). - eu digo a ela com firmeza.
    -Eu não posso, veja só, você me deu alguns livros muito caros, - diz ela, acrescentando rapidamente. -que pretendo devolver, claro, mas roupas, eu não sei. Eu deveria pagar por elas. Eu sei que não posso pagar pelos  livros. - ela diz. -Mas eu posso pagar pelas roupas.
    -Eu posso me permitir dar-lhes, (Seu Nome)! Você não precisa pagar por elas. - eu digo a esta teimosa garota bonita diante de mim.
    -Eu sei que você pode Justin. Esse não é o ponto. Eu me sentiria melhor se eu pagasse, isso é tudo. - ela olha para os dedos, como se algumas respostas estivessem escritas sobre eles. Ela, então, levanta o olhar para mim e pergunta: -Por que você me deu aqueles livros, Justin?
       Eu fecho meus olhos por um instante, e exalo. Quando eu os abro novamente, eu digo:
   -Porque eu senti que você precisava de um aviso. Quando eu estava segurando você, você olhou para mim pedindo-me para beijá-la, e... - eu disse passando minhas mãos pelo meu cabelo em um gesto nervoso. Eu senti uma falta de palavras pela primeira vez em um longo tempo, mas arrumei meus pensamentos e continuei: - ...olha, eu não sou o tipo de cara corações e flores. Eu não sou assim. Meus gostos são muito singulares. Você deve ficar longe de mim, se você sabe o que é bom para você. Ainda que Deus sabe, eu não consigo ficar longe de você ... - eu olho para ela esperando que ela não fique longe, e esperando que ela fique,  numa mistura confusa de emoções. Eu fecho meus olhos para espantar este maldito sentimento. Eu não sou bom em sentimentos, e se eu soubesse o que é bom para mim, eu iria ficar longe dela também! Sua proximidade é fascinante, sedutora, atraindo-me como uma correnteza da qual não posso escapar. Como uma mariposa para a chama. Como se sua alma estivesse chamando a minha, como se tivesse perdido sua metade e a buscasse para se completar. Mesmo quando eu fecho meus olhos, eu a sinto.
    Ela sussurra:
    -Então não fique longe de mim...
       Eu sinto que eu devo a ela a proteção contra meus Cinquenta Tons de fodido; eu não quero vê-la machucada. Ela é muito inocente. Como nenhuma outra que eu conheci, e eu conheci muitas. Eu fecho meus olhos novamente.
    -(Seu Nome), você não sabe o que você está pedindo!"
    -Diga-me, então! - ela me encorajou.
    -Eu acho que isso significa que você não é celibatário. - ela sussurra. Isso traz-me de volta dos meus devaneios, meus olhos escurecem com a paixão por ela, e o desejo aumenta. Dou-lhe um sorriso lascivo. 
    -Não, (Seu Nome). - eu digo divertido. -Eu não sou celibatário.
    -Oh! - ela sussurra, o fôlego carregado de desejo e eu posso ouvir o seu batimento cardíaco, como as asas de um beija-flor esvoaçante tentando escapar de seu peito. Isto faz  coisas no meu corpo, fervendo o meu sangue . Eu apenas não posso deixá-la ir agora. Contra ventos e marés. Eu tenho que tentar! Eu tomo a minha decisão.
    -Quais são os seus planos para os próximos dias, (Seu Apelido)? - pergunto com meus olhos escurecidos de desejo.
Ela me diz que ela está trabalhando hoje, depois do meio-dia.
    -Que tal amanhã? - pergunto-me inclinando-me para frente.
    -Eu estou trabalhando toda a semana, e Kate e eu devemos começar a embalagem porque nós estamos nos mudando para Seattle.
    -Você já tem um lugar?
    -Sim, em algum lugar em Pike Market District. - eu sorrio satisfeito. Ela vai ficar muito perto de mim.
    -Eu me inscrevi para estágios e eu estou esperando as respostas.
    -Você se inscreveu para a minha companhia? - eu pergunto.
    -N-Não, eu não me inscrevi. - ela gagueja.
    -Qual é o problema com a minha Companhia? - eu penso em voz alta.
    Ela sorri. -Sua companhia ou sua Companhia (a empresa dele)? - Deus, eu gosto dela! Ela tem uma boca inteligente, como nenhuma outra. É uma lufada de ar fresco. Ela não tem medo de falar o que ela pensa.
    -Você está rindo de mim, (Seu Nome)? - eu pergunto-lhe devasso. Ela recupera o fôlego e morde o lábio. Eu não aguento mais. -Deus! Como eu gostaria de morder este lábio! - eu rosno. Sua boca se abre enquanto ela suspira de desejo, se contorcendo. Eu gosto de sua resposta. Aposto que ela está molhada. O pensamento me faz desejoso, mas não tanto quanto com o que ela me desafia a fazer em seguida:
    -Por que não o faz então?
       Eu tomo minha decisão. Eu não posso ficar longe dela, mas ela ainda precisa saber meus termos. 
    -Porque eu não vou tocar em você até eu ter o seu consentimento por escrito, (Seu Nome). - eu digo sorrindo.
    -O que você quer dizer?
    -É bem ao pé da letra. Eu preciso do seu consentimento por escrito antes de eu tocar em você. Eu tenho que lhe explicar. A que horas você sai do trabalho?  - eu pergunto. Ela responde: "oito". Digo a ela que eu poderia levá-la para Seattle esta noite para esclarecê-la.
    -Porque você não pode me dizer agora? - ela pergunta.
    -Porque eu estou aproveitando sua companhia e eu não quero que você fuja para as colinas, ainda. - Ela parece confusa como eu esperava que estaria. Um monte de emoções passam por seu rosto, mas finalmente ela olha resoluta.
    -Tudo bem. - diz ela determinada.
       Eu consigo um piloto de plantão para Charlie Tango, pois eu tenho uma impressão de que ela pode não concordar com o que eu tenho em mente para ela, e neste caso, ela pode querer voltar para casa e para meu desapontamento, isso seria o fim do nosso breve encontro. Mas eu estou realmente esperando que não seja assim.
    -Você é muito autoritário. - ela observa depois que eu desligo o telefone. Como ela está certa! Embora, ela ainda não tenha nenhuma idéia do quanto mais autoritário eu posso ser. Não tem nenhuma idéia!
       Ela é incapaz de terminar sua comida, seja por nervosismo, ou excitação, mas eu ainda tenho um problema com comida desperdiçada, e eu digo a ela para comer. Eu não posso me impedir! Será que ela não sabe que existem pessoas que estão passando fome todos os dias?
       Quando terminamos de comer, ela vai para o banheiro para lavar-se. Ela surge quando eu estou no telefone. Eu desligo, em poucos minutos, e eu pego a mão dela para sair. Há alguma coisa  nela que está me atraindo. Quando ela está perto de mim eu posso sentir a eletricidade no ar. Eu, impacientemente, pressiono o botão de chamada do elevador. Em um minuto ou dois, ele ‘ding’ aberto.        Entramos no elevador, e o ar está ainda mais elétrico e a corrente está pulsando entre nós. Ela sente isso também. Ela morde o lábio. Nosso olhar bloqueia, mariposa para a chama. Chamas da paixão revolvem minhas entranhas, sinto-me endurecendo.
    -Oh! Foda-se a papelada! 
       Eu rosno, e avanço para ela, empurrando-a para a parede do elevador, segurando com uma das mãos suas mãos acima de sua cabeça, enquanto eu a mantenho segura com o meu corpo,  pressionando-a contra a parede , imobilizando sua cabeça com minha outra mão, enquanto minha boca explora a dela. Como é doce esta exploração! Ela geme em minha boca, enquanto nossas línguas iniciam um tango próprio, dançando e explorando, e  beijando. Ela me quer e eu quero a ela!
    -Você. É. A. Coisa. Mais. Doce. Que. Eu. Já. Encontrei!
       Eu me vejo enunciando. Eu perco minha razão suficientemente para fodê-la no elevador,  quando ele de repente ‘ding’ e pára em um dos andares para entrarem três empresários. Nós nos separamos, e  eu ponho a minha cara de poker enquanto ela tem a aparência despenteada e cheia de desejo ainda. Eu a olho com minha visão periférica, enquanto lentamente vou exalando essa energia sexual reprimida. Os empresários sorriem quando saímos do elevador no primeiro andar,  enquanto eu pego sua mão, e murmuro para mim mesmo:
    -O que há com os elevadores?!
       Ela usou minha escova de dentes pois sua boca tinha gosto de hortelã fresco, e ela sorriu confirmando quando lhe perguntei sobre isso. Ela é uma figura. Saímos do hotel. Eu estou em suas mãos. Se ela soubesse! De repente eu me sinto contente com ela ao meu lado. Eu tenho apenas 27 anos, e pela primeira vez, com (Seu Nome), sinto-me jovem. Nós somos jovens! 




Oi amores, desculpem pela demora... aqui em casa estava sem internet, e eu não consegui entrar no blog pelo celular. Bom, espero que gostem do capítulo, já que rolou o primeiro beijo deles... hahaha 
Eu decidi fazer assim:
 Exemplo: esse capítulo é narrado pelo Justin, então o próximo será só da (Seu Nome), depois, só o Justin novamente, e assim vai...
Posto o capítulo 11 quando eu ganhar 12 comentários... e não se esqueçam de deixar seus twitter's aí em baixo... o meu é @GislaineCollins
Let's go! 
xx

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Cinquenta Tons de Cinza - 9º Capítulo




       Ela me diz desapontada que ela tem que levar todos para casa. Ah, eu te dou cobertura baby!
    - TAYLOR! Por favor, leve a Srta. Kavanagh, o fotógrafo, seu assistente e seu equipamento para onde precisam ir. – Então eu me viro para ela e digo: - Viu tudo resolvido.
    - Oh, Taylor não tem que fazer isso Sr. Bieber. Eu posso trocar de carro com Kate. – Ela vai até a suíte, segue-se uma pequena discussão, ela volta. – Ok. Vamos tomar café. – Ela diz e seu rubor é vermelho escarlate. Sua cor me faz sorrir como o Gato de Cheshire. Conversamos no caminho para os elevadores. Eu pressiono o botão para chamar o elevador. Quando as portas abrem, um jovem casal em um amasso apaixonado, se separam, olhando em todas as direções, menos na nossa. O que há com elevadores? 
       (Seu Nome) esta corada e envergonhada. Eu mantenho o meu olhar em (Seu Nome), observando a bela cor vermelha rastejar até seu rosto tímido de novo, enquanto tento manter meu sorriso longe... Tento. Quando o elevador chega ao primeiro andar, pego a mão de (Seu Nome) e saio do elevador. Nós ouvimos o casal rir atrás de nós quando eu digo: - O que há com elevadores?
       Atravessamos a rua para um café, sua mão na minha, com o choque de eletricidade constante entre nós. Eu a deixei escolher uma mesa e perguntei o que ela gostaria.
    - English Breakfast Tea, em saquinho. – Ela disse me surpreendendo. Então, sem café. Desculpando - se ela indica que ela não está interessada em café. Quando eu vou pegar as bebidas e algo para comer, eu encontro-a olhando para mim dissimuladamente e ocasionalmente mordendo os lábios. Quando eu volto para a mesa, ela leva seu olhar para baixo, olhando seus nodosos dedos rosados. Eu quero saber o motivo dela estar corando. Que o motivo seja eu, eu espero.
    - Um centavo por seus pensamentos? - Eu digo.
       Ela fica vermelha como a bandeira chinesa. Deus! O que eu gostaria de fazer com você para saber no que está pensando! Coloquei a bandeja na mesa, e estiquei as pernas sob a mesa sentado em frente a ela para ver seu lindo rosto tímido melhor. Eu tento persuadi-la:
    - O que você está pensando?
       Ela não me da nada. - Este é o meu tipo favorito de chá, eu gosto de preto e fraco. - Diz ela. Eu tenho que ir ao ponto de me humilhar porque eu não posso suportar mais.
    - Eu vejo. - Eu digo – Ele é seu namorado? O fotógrafo, José Rodrigues?
    - Não. - Ela dispara. – Ele é apenas um bom amigo. Mais como um parente, na verdade.
    - Entendo. – A corto. – E o cara da loja? – Eu chego ao ponto.
    - Não. Ele não é. Eu lhe disse ontem. – Diz ela. Eu dou um suspiro interior de alívio.
    - Por que pergunta? – Ela me testa.
    - Você fica nervosa em torno de homens? – Observo. Ela olha para os dedos nodosos de novo, ruboriza mais uma vez.
    - Eu só te acho intimidante. – Confessa ela, apesar de eu perceber que ela disse sem pensar porque ela cora todo o caminho até a linha dos cabelos, mas não antes de eu tomar respirar profundamente. Eu a afeto. O pensamento me agrada. E eu não posso deixar de sorrir.
    - Eu sou intimidante, mas, por favor, não olhe para baixo. Eu gosto de observar o seu rosto. - Eu digo. E beijar essa boca que você esta mordendo. Ela olha pra cima.
    - Eu quero saber o que você está pensando. Você é misteriosa, (Seu Nome).
    Ela olha perplexa.
       Eu digo a ela que quando ela cora, eu sei que ela está pensando em algo, mas eu não sei em que exatamente. Ela me pergunta se eu sempre faço observações pessoais. Eu não sabia que eu fazia. Não foi ela fazendo observações pessoais sobre mim na semana passada? Ela me choca dizendo que sou dominador. Como você está certa baby!
    - Eu sempre faço as coisas do meu jeito, (Seu Nome). – Eu digo. – Em todas as coisas.
       Eu quero saber mais sobre ela, e pergunto-lhe sobre sua família. Ela pergunta sobre a minha, mas eu estou mais disposto a conhecê-la. Mas ela não está me dando muito. Eu digo que minha irmã Jazmyn está em Paris, e ela responde, - Eu ouvi dizer que Paris é adorável. - Eu digo que a cidade é linda, e pergunto se ela tem ido para lá. Ela nunca deixou o país.
       Pergunto-lhe se ela gostaria de ir visitar. Ela ilumina, e diz: - Para Paris? Claro. Mas, é a Inglaterra, que eu realmente gostaria de visitar. – Eu aposto que posso adivinhar o motivo. Meu dedo indicador roça meu lábio inferior e ela parece ficar mais ofegante.
    - Por quê? – Eu instigo.
    - É a casa de Shakespeare, Austen, as irmãs de Brontë, Thomas Hardy. Eu gostaria de ver os lugares que inspiraram estas pessoas a escrever livros tão maravilhosos. – Diz ela sem pestanejar. Corações e flores como eu suspeitava. Ela olha para o relógio.
       Ela quer ir embora. Precisa estudar para os exames finais. Eu me ofereço para levá-la no carro da Srta. Kavanagh. Ela agradece pelo chá. – O prazer é todo meu. – Eu sorrio. Eu estendo minha mão para ela, que automaticamente entrega a sua. Mais uma vez a corrente flui entre nós. Nós andamos de volta em direção ao hotel, perdidos em pensamentos. Eu amo o jeito que a bunda dela parece naqueles jeans, e sem pensar eu pergunto a ela...
    - Você sempre usa jeans?
    - Geralmente. – Ela responde confusa. Combina com ela. Muito bem. Assim como passear no estacionamento, ela deixa escapar: - Você tem namorada? – Ela cora, porque eu acho que ela estava só pensando alto. Dou-lhe um meio sorriso.
    - Não, (Seu Nome). Eu não sou do tipo que namora. – Respondo suavemente.
       Ela está confusa, é claro. Um lampejo de pensamento passa por seu rosto sem palavras. Ela tem um olhar decepcionado no rosto e tenta soltar a minha mão, caminhando em frente, ela tropeça de cabeça na rua. Encontro-me, gritando. - Merda, (Seu Apelido)! – Eu puxo sua mão enquanto um ciclista que passa a toda velocidade quase a acerta. Eu a puxo em direção ao meu corpo, tão apertada quanto possível, e a seguro firmemente contra meu peito. Sinto que ela inala profundamente o meu cheiro e eu percebo o cheiro suave dos seus cabelos e da sua pele. Eu fecho meus olhos momentaneamente e sussurro em seu ouvido – Você esta bem? – Segurando suas pequenas costas com uma das mãos e tentando ter certeza que ela está bem e não tem arranhões em seu rosto com a outra.
       Eu escovo seu lábio inferior com o polegar e um arrepio percorre meu corpo. Sua respiração é ofegante. Estamos olhando fixamente um para o outro e todo o seu corpo e seu olhar dizem “me beije”.
       Ela é adorável, e eu estou lutando contra mim mesmo para controlar o meu desejo de puxar-lhe para beijá-la. Eu brevemente fecho meus olhos, e quando eu os abro estou determinado. Ela é muito jovem, muito inocente, muito linda. Ela não é para o meu mundo.
    - Você deveria ficar longe de mim (Seu Nome). Eu não sou o homem para você. – Eu sussurro. Seu rosto cai como se eu tivesse batido nela... Com força. É melhor ela achar que eu a rejeito agora, do que ter que magoá-la mais tarde.
    - Respire (Seu Nome), respire. Eu vou ficar ao seu lado e irei te soltar agora — Ela está desapontada e há dor em seu rosto. Ela abre os olhos azuis, tão amplos quanto possível, para não deixar as lágrimas rolarem.
    - Estou bem – Ela diz. - Obrigado Sr. Bieber.
    - Pelo que?
    - Por me salvar. - Diz ela quase em lágrimas.
       Estou furioso com o filho da puta que quase passou por cima dela. - Foi culpa daquele idiota, não sua! Você quer que eu te leve para o lobby do hotel e sentar-se um pouco?
    - Estou bem. – Ela diz com a voz embargada. - Obrigado por fazer a sessão de fotos. – Diz ela como um último esforço para não chorar.
       Eu estou lutando com algumas emoções que não conhecia. Eu quase desisto e tento me explicar dizendo que eu sou uma merda de homem e que qualquer coisa que ela conseguisse tirar de mim iria fazê-la infeliz. Ela é do tipo de garota que curte flores e corações e nenhum dos cinquenta tons do fodido Justin Bieber lhe dariam isso.
    - (Seu Nome)… Eu… - Eu paro. Com uma batalha interna travada dentro de mim, querendo ela, mas não querendo machucá-la. Estou dividido. Eu não posso suportar a dor em seu rosto.
    - O quê, Justin? - Meu nome uma oração em sua língua. Não, eu não posso fazer isso com ela. Eu respiro fundo e digo. - Boa sorte com seus exames. – Confundindo-a.
    - Obrigado! - Diz ela quase em lágrimas, e se afasta de mim. A última coisa que eu a vejo fazendo é enxugando as lágrimas perdidas de seu rosto enquanto eu me desfaço por dentro.
       Merda! Merda! Merda!
       Eu volto para o hotel. Eu tenho que socar algo, alguém, alguma coisa... Eu estou cheio de emoções com as quais eu não estou familiarizado. Não consigo tirar seu rosto da minha cabeça. O olhar... A mágoa... Porra! É tudo minha culpa... Eu não sou do tipo que namora e ela não é do tipo de garota que faria o que eu quero!
       Eu estou na porra de um dilema. Eu tenho esse desejo desconhecido, alguma atração em direção a ela, e eu não quero magoá-la. Ela vai se machucar. Ela é muito inocente. Não vai funcionar com ela! A batalha em minha cabeça se enfurece. Como é que eu sei que não vai funcionar se eu não tentar?
       Porra! Eu vou dar-me outro dia. Ver se consigo resolver isso na minha cabeça. Porra! Eu ligo para Claude Bastille e peço-lhe para trazer sua bunda para Portland. Eu preciso de treino sério.
       Amanhã. Vou esperar até amanhã.

Justin Bieber P.O.V. Off

(Seu Nome) Steele P.O.V. On

       Meu coração dispara em minha boca. Um encontro? Justin Bieber está me convidando para um encontro. Ele está perguntando se você quer um café. Talvez ele pense que você não acordou ainda, meu subconsciente resmunga para mim em um humor irônico novamente. Eu limpo minha garganta tentando controlar meus nervos.
    — Eu tenho que levar todo mundo para casa, — eu murmuro, me desculpando, torcendo minhas mãos e os dedos na minha frente.
    — TAYLOR, — ele chama, fazendo-me saltar. Taylor, que tinha retrocedido pelo corredor abaixo, se vira e volta em direção a nós.
    — Eles vão para a universidade? — Justin pergunta, sua voz suave e inquiridora. Eu movimento a cabeça, muito atordoada para falar.
    — Taylor pode levá-los. Ele é meu motorista. Nós temos um grande 4x4 aqui, então ele poderá levar o equipamento também.
    — Sr. Bieber? — Taylor pergunta quando ele nos alcança, permanecendo distante.
    — Por favor, você pode conduzir o fotógrafo, seu assistente, e a Senhorita Kavanagh para casa?
    — Certamente, senhor. — Taylor responde.
    — Pronto. Agora você pode juntar-se a mim para o café? — Justin sorri como se tivesse concluído um negócio.
    Eu olho feio para ele.
    — Aah, Sr. Bieber, é, isto realmente… olhe, Taylor não tem que levá-los para casa. — Eu lanço um breve olhar para Taylor, que permanece estoicamente impassível. — Eu trocarei de veículo com Kate, se você me der um momento.
       Justin sorri deslumbrante, desprotegido, natural, exibindo todos os seus dentes, um sorriso glorioso. Oh meu Deus… e ele abre a porta da suíte para que eu possa entrar. Eu passo ao redor dele para entrar no quarto, encontrando Katherine em uma profunda discussão com José.
    — (Seu Apelido), eu acho que ele definitivamente gosta de você. — ela diz sem qualquer preâmbulo. José me olha com desaprovação. — Mas eu não confio nele. — ela adiciona. Eu levanto minha mão na esperança de que ela pare de falar. Por algum milagre, ela o faz.
    — Kate, se você levar o fusca, eu posso levar seu carro?
    — Por quê?
    — Justin Bieber me convidou para tomar café com ele.
       Ela fica boquiaberta. Kate emudece! Eu saboreio o momento. Ela me agarra pelo braço e me arrasta para o quarto que fica fora da sala de estar da suíte.
    — (Seu Apelido), há algo sobre ele. — Seu tom é cheio de advertência. — Ele é magnífico, eu concordo, mas eu acho que ele é perigoso. Especialmente para alguém como você.
    — O que você quer dizer, com alguém como eu? — Eu exijo, afrontada.
    — Uma inocente como você, (Seu Apelido). Você sabe o que eu quero dizer. — ela fala um pouco irritada. Eu ruborizo.
    — Kate, é apenas um café. Eu estou começando meus exames finais esta semana, e eu preciso estudar, então eu não vou demorar muito.
       Ela franze seus lábios como se considerando meu pedido. Finalmente, ela pesca as chaves do carro do bolso e entrega-as para mim. Eu entrego as minhas.
    — Eu vejo você mais tarde. Não demore muito, ou eu vou enviar uma busca e salvamento.
    — Obrigada. — Eu a abraço.
       Eu saio da suíte para encontrar Justin Bieber esperando, encostado contra a parede, parecendo com um modelo em uma pose para alguma brilhante revista top de linha.
    — Ok, vamos tomar café. — eu murmuro, ruborizando como uma beterraba vermelha.
Ele sorri.
    — Depois de você, Srta. Steele. — Ele se ergue, levantando a mão para que eu vá primeiro.
       Eu faço meu caminho pelo corredor abaixo, meus joelhos trêmulos, em um ritmo dramático desigual. Eu vou tomar um café com Justin Bieber... e eu odeio café.
       Nós caminhamos juntos pelo largo corredor do hotel para os elevadores. O que eu devo dizer a ele? Minha mente de repente paralisa com apreensão. Sobre o que nós vamos conversar?
       O que na Terra eu tenho em comum com ele? Sua voz suave e morna me surpreende de meu devaneio.
    — Quanto tempo você e Katherine Kavanagh se conhecem?
Oh, uma pergunta fácil para começar.
    — Desde nosso primeiro ano. Ela é uma boa amiga.
    — Humm. — ele responde, reservado. O que ele está pensando?
       Nos elevadores, ele aperta o botão de chamada, e a campainha toca quase que imediatamente. As portas deslizam abertas, revelando um jovem casal em um amasso apaixonado do lado de dentro. Surpresos e envergonhados, eles se separam, olhando culpados em todas as direções, menos na nossa. Justin e eu entramos no elevador.
       Eu estou lutando para manter uma expressão séria, então eu olho para o chão, sentindo minhas bochechas ficando vermelhas. Quando eu espio para Justin através de meus cílios, ele tem a sugestão de um sorriso em seus lábios, mas é muito difícil de dizer. O jovem casal não diz nada, e nós viajamos até o andar térreo em um silêncio constrangedor. Nós nem sequer temos uma inútil música ambiente para nos distrair.
       As portas abrem e, para minha surpresa, Justin toma minha mão, apertando-a com seus dedos longos e frios. Eu sinto o choque correr por mim, e meus já rápidos batimentos aceleram. Quando ele me leva para fora do elevador, nós podemos ouvir as risadinhas suprimidas do casal que estoura atrás de nós. Justin sorri.
    — O que tem os elevadores? — Ele murmura.
       Nós cruzamos o extenso saguão movimentado do hotel, em direção à entrada, mas, Justin evita a porta giratória e, eu me pergunto se isto é porque ele teria que largar minha mão.
       Do lado de fora, está um ameno domingo de maio. O sol está brilhando e o tráfico está limpo. Justin vira à esquerda e anda até a esquina, onde nós paramos, esperando pelas luzes de pedestres do cruzamento mudar. Ele ainda está segurando minha mão. Eu estou na rua, e Justin Bieber está segurando minha mão. Ninguém jamais segurou minha mão. Eu me sinto tonta, e eu estou formigando por toda parte. Eu tento sufocar o ridículo sorriso que ameaça repartir meu rosto em dois. Tente ficar fria, (Seu Apelido), meu subconsciente implora. O homem verde aparece, e nós andamos novamente.
       Nós caminhamos quatro quarteirões, antes de alcançarmos a Cafeteria de Portland, onde Justin me libera para segurar a porta aberta, para que eu possa entrar.
    — Por que você não escolhe uma mesa, enquanto eu pego as bebidas. O que você gostaria? — Ele pergunta, cortês como sempre.
    — Eu quero… um, English Breakfast tea, em saquinho.
Ele levanta suas sobrancelhas.
    — Café não?
    — Eu não gosto de café.
Ele sorri.
    — Ok, chá em saquinho. Açúcar?
       Por um momento, eu fico atordoada, pensando que está me chamando carinhosamente, mas felizmente meu subconsciente entra em ação com lábios franzidos. Não, estúpida, se você quer açúcar?
    — Não obrigada. — Eu olho para baixo para meus dedos atados.
    — Alguma coisa para comer?
    — Não obrigada. — Eu sacudo minha cabeça, e ele anda para o balcão.
       Eu disfarçadamente olho para ele sob meus cílios, enquanto ele está na fila de espera para ser servido. Eu poderia observá-lo o dia todo… ele é alto, de ombros largos, esbelto e a forma como sua cueca pendem de seus quadris, já que ele usa as calças lá embaixo… Oh meu Deus. Algumas vezes ele corre seus longos e graciosos dedos por seus agora, cabelos secos, mas ainda desordenado. Humm… eu gostaria de fazer isto. O pensamento vem espontaneamente em minha mente, e meu rosto incendeia. Eu mordo meu lábio e olho para minhas mãos novamente, não gostando para onde meus pensamentos rebeldes estão se dirigindo.
    — Um centavo por seus pensamentos? — Justin está de volta, assustando-me.
       Eu fico roxa. Eu estava apenas pensando em correr meus dedos por seus cabelos e perguntando-me se pareceria suave ao toque. Eu balanço minha cabeça. Ele está carregando uma bandeja, que ele coloca sobre a pequena mesa redonda de carvalho envernizada. Ele me entrega uma xícara e um pires, um pequeno bule, e um pratinho contendo um solitário saquinho de chá impresso “Twinings English Breakfast”, meu favorito. Ele carrega um café que ostenta um maravilhoso padrão de folhas impresso no leite. Como eles fazem isto? Eu me pergunto à toa. Ele também comprou um bolinho de mirtilo para si mesmo. Pondo de lado a bandeja, ele se senta do meu lado oposto e cruza suas longas pernas. Ele parece tão confortável, tão à vontade com seu corpo, eu o invejo. E aqui estou eu, toda desengonçada e descoordenada, incapaz de conseguir ir de A até B sem cair de cara no chão.
    — Seus pensamentos? — Ele solicita.
    — Este é meu chá favorito. — Minha voz é calma, ofegante. Eu simplesmente não posso acreditar que eu estou sentada em frente a Justin Bieber, em uma cafeteria em Portland. Ele franze a testa. Ele sabe que eu estou escondendo algo. Eu coloco o saquinho de chá no bule e quase que imediatamente o pesco novamente com minha colher de chá. Quando eu coloco o saquinho usado de volta no pratinho, ele dobra sua cabeça olhando pra mim interrogativamente.
    — Eu gosto de meu chá preto e fraco. — eu murmuro como uma explicação.
    — Entendo. Ele é seu namorado?
Uou… O que?
    — Quem?
    — O fotógrafo. José Rodriguez.
Eu rio nervosa, mas curiosa. O que deu a ele aquela impressão?
    — Não. José é um bom amigo, apenas isto. Por que você pensou que ele fosse meu namorado?
    — O modo como você sorriu para ele, e ele para você. — Seu olhar castanho mantém o meu. Ele é tão enervante. Eu quero desviar o olhar, mas eu estou presa, encantada.
    — Ele é mais como da família, — eu sussurro.
       Justin acena ligeiramente com a cabeça, aparentemente satisfeito com a minha resposta, e eu olho para baixo para seu bolinho de mirtilo. Seus longos dedos habilmente descascam o papel, e eu assisto fascinada.
    — Você quer um? — Ele pergunta, e aquele secreto sorriso divertido, está de volta.
    — Não, obrigada. — Eu franzo a testa e olho para baixo, para minhas mãos novamente.
    — E o garoto que eu conheci ontem na loja. Ele não é seu namorado?
    — Não. Paul é apenas um amigo. Eu disse a você ontem. — Oh, isto está ficando ridículo. — Por que você pergunta?
    — Você parece ficar nervosa ao redor dos homens.
Puta merda, isto é pessoal. Eu fico nervosa apenas ao seu redor, Bieber.
    — Eu acho você intimidante. — Eu fico escarlate, mas mentalmente eu dou tapinhas em minhas costas pela minha franqueza, e olho para minhas mãos novamente. Eu ouço seu profundo suspiro.
    — Você deve me achar intimidante. — ele acena concordando. — Você é muito honesta. Por favor, não olhe para baixo. Eu gosto de ver seu rosto.
Oh. Eu olho para ele, e ele me dá um sorriso encorajador, mas irônico.
    — Isto me dá algum tipo de pista do que você pode estar pensando, — ele inspira. — Você é um mistério, Srta. Steele.
Misteriosa? Eu?
    — Não existe nada misterioso em mim.
    — Eu penso que você é muito auto-suficiente, — ele murmura.
Eu sou? Uau… como vou administrar isto? Isto é desconcertante. Eu, auto-suficiente?
De jeito nenhum.
    — Exceto quando você ruboriza, claro, o que acontece frequentemente. Eu só gostaria de saber por que você estava corada. — Ele joga um pequeno pedaço de bolinho em sua boca, e começa a mastigá-lo lentamente, sem tirar seus olhos de mim. Como se fosse uma sugestão, e eu ruborizo. Merda!
    — Você sempre faz este tipo de observações pessoais?
    — Eu não percebi que fosse. Eu ofendi você? — Ele parece surpreso.
    — Não. — eu respondo honestamente.
    — Bom.
    — Mas você é muito arrogante. — eu retalio calmamente.
Ele levanta as sobrancelhas e, se não me engano, ele ruboriza ligeiramente também.
    — Eu estou acostumado a fazer as coisas do meu jeito, Anastásia. — ele murmura. — Com todas as coisas.
    — Eu não duvido disso. Por que você não me pediu para chamá-lo por seu primeiro nome? — Eu fico surpresa por minha audácia. Por que esta conversa se tornou tão séria? Isto não está indo do modo como eu pensei que fosse. Eu não posso acreditar que eu estou me sentindo tão antagônica com ele.
É como se ele estivesse tentando me advertir.
    — As únicas pessoas que usam meu nome de batismo são a minha família e alguns amigos íntimos. Este é o modo que eu gosto.
       Oh. Ele ainda não disse, “Me chame de Justin”. Ele é um maníaco por controle, não existe nenhuma outra explicação, e parte de mim está pensando que, talvez, teria sido melhor se Kate o entrevistasse. Dois maníacos por controle, juntos. Mais claro que ela é quase loira, loira morango, como todas as mulheres em seu escritório. E ela é bonita, meu subconsciente me lembra. Eu não gosto da ideia de Justin e Kate. Eu tomo um gole de meu chá, e Justin come outro pequeno pedaço de seu bolinho.
    — Você é filha única? — Ele pergunta.
Uou… ele continua a mudar de direção.
    — Sim.
    — Fale-me sobre seus pais.
Por que ele quer saber disto? É tão enfadonho.
    — Minha mãe vive na Geórgia com seu novo marido Bob. Meu padrasto vive em Montesano.
    — Seu pai?
    — Meu pai morreu quando eu era um bebê.
    — Eu sinto muito. — ele murmura e um incomodado olhar fugaz, atravessa seu rosto.
    — Eu não me lembro dele.
    — E sua mãe se casou de novo?
Eu bufo.
    — Você pode dizer isto.
Ele franze a testa para mim.
    — Você não está indo muito longe, não é? — Ele diz secamente, coçando seu queixo, como se estivesse pensamento profundamente.
    — Nem você.
    — Você já me entrevistou uma vez, e eu me lembro de algumas questões bastante comprometedoras. — Ele sorri afetuosamente para mim.
       Puta merda. Ele está lembrando a pergunta do “gay”. Mais uma vez, eu fico mortificada. Daqui a anos, eu sei, vou precisar de terapia intensiva para não sentir vergonha toda vez que eu recordar este momento. Eu começo a murmurar sobre minha mãe, qualquer coisa para bloquear esta memória.
    — Minha mãe é maravilhosa. Ela é uma romântica incurável. Ela atualmente está casada com seu quarto marido.
       Justin levanta as sobrancelhas em surpresa.
    — Eu sinto falta dela, — eu continuo. — Ela tem Bob agora. Eu só espero que ele possa vigiá-la e juntar os pedaços, quando seus esquemas desmiolados não saírem como planejado. — Eu ternamente sorrio. Eu não vejo minha mãe por um longo tempo. Justin observa-me atentamente, tomando goles ocasionais de seu café. Eu realmente não devia olhar para sua boca. É inquietante. Aqueles lábios.
    — Você se entende com seu padrasto?
    — Claro. Eu cresci com ele. Ele é o único pai que eu conheci.
    — E como ele é?
    — Ray? Ele é… reservado.
    — Só isto? — Justin pergunta, surpreso.
Eu encolho os ombros. O que este homem espera? A história da minha vida?
    — Reservado como sua enteada. — Justin sugere de imediato.
Eu me abstenho afastando meu olhar dele.
    — Ele gosta de futebol, especialmente futebol europeu, e de boliche, e pesca com mosca, e fazer móveis. Ele é um carpinteiro. Ex- fuzileiro. — Eu suspiro.
    — Você viveu com ele?
    — Sim. Minha mãe encontrou o Terceiro Marido, quando eu tinha quinze anos. Eu fiquei com Ray.
Ele franze a testa como se não entendesse.
    — Você não quis viver com sua mãe? — Ele pergunta.
Eu ruborizo. Isto não é realmente de sua conta.
    — Terceiro Marido vivia no Texas. Minha casa estava em Montesano. E você sabe... minha mãe era recém- casada. — Eu paro. Minha mãe nunca falou sobre o ser terceiro marido. Onde Justin está querendo ir com isso? Isto não é de sua conta. Dois podem jogar este jogo.
    — Fale-me sobre seus pais, — eu pergunto.
Ele encolhe os ombros.
    — Meu pai é um advogado, minha mãe é pediatra. Eles vivem em Seattle.
       Oh… ele teve uma educação cara. E eu me pergunto sobre um casal bem sucedido que adota três crianças, e uma delas se transforma em um belo homem que assume o mundo dos negócios e o conquista sozinho. O que o levou a ser deste modo? Seus pais devem estar orgulhosos.
    — O que seus irmãos fazem?
    — Jaxon está na construção, e minha irmã mais nova está em Paris, estudando arte culinária com algum renomado chefe de cozinha francês. — Seus olhos nublam com irritação. Ele não quer falar sobre sua família ou ele mesmo.
    — Eu ouvi dizer que Paris é adorável. — eu murmuro. Por que ele não quer conversar sobre sua família? É porque ele é adotado?
    — É bonita. Você já esteve lá? — Ele pergunta, sua irritação esquecida.
    — Eu nunca deixei o continente dos EUA. — Então, agora nós voltamos para banalidades. O que ele está escondendo?
    — Você gostaria de ir?
    — Para Paris? — Eu bufo. Isto me desequilibra, quem não gostaria de ir para Paris? — É claro! — eu concedo. — Mas é a Inglaterra que eu realmente gostaria de visitar.
Ele dobra sua cabeça para um lado, correndo seu dedo indicador por seu lábio inferior… oh meu Deus!
    — Por quê?
Eu pisco rapidamente. Concentre-se, Steele.
    — É a casa de Shakespeare, Austen, as irmãs de Brontë, Thomas Hardy. Eu gostaria de ver os lugares que inspiraram estas pessoas a escrever livros tão maravilhosos.
       Toda esta conversa de grandes nomes literários, faz-me lembrar de que eu devia estar estudando. Eu olhar para meu relógio.
    — É melhor eu ir. Eu tenho que estudar.
    — Para seus exames?
    — Sim. Eles começam na terça-feira.
    — Onde está o carro da senhorita Kavanagh?
    — No estacionamento do hotel.
    — Eu vou levá-la de volta.
    — Obrigado pelo chá, Sr. Bieber.
Ele sorri com seu estranho sorriso “eu tenho um grande segredo”.
    — Você é bem-vinda, (Seu Nome). O prazer é todo meu. Venha. — ele comanda, e segura minha mão com a sua. Eu seguro-a, confusa, e o sigo para fora da cafeteria.
       Nós andamos de volta para o hotel, e eu gostaria de dizer que estamos em um silêncio sociável. Ele pelo menos parece em sua habitual tranquilidade, introspectivo. Quanto a mim, estou desesperadamente tentando avaliar como foi nosso café da manhã. Eu sinto como se eu tivesse sido entrevistada para uma posição, mas não estou certa para que.
    — Você sempre usa calça jeans? — Ele pergunta inesperadamente.
    — Geralmente.
       Ele movimenta a cabeça. Nós voltamos ao cruzamento, do outro lado da estrada do hotel. Minha mente está se recuperando. Que pergunta estranha… E estou ciente que nosso tempo juntos é limitado. É isto. Isto é tudo, e eu estraguei tudo completamente, eu sei. Talvez ele tenha alguém.
    — Você tem uma namorada? — Eu deixo escapar. Puta merda, eu acabei de dizer isto em voz alta?
Seus lábios dão um meio sorriso, e ele olha para mim.
    — Não, (Seu Nome). Eu não sou do tipo que namora. — ele suavemente diz.
       Oh… o que isso quer dizer? Ele é gay? Oh, talvez ele seja, merda! Ele deve ter mentido para mim em sua entrevista. E por um momento, eu acho que ele vai seguir com alguma explicação, alguma pista para esta declaração enigmática, mas ele não o faz. Eu tenho que ir. Eu tenho que tentar organizar meus pensamentos. Eu tenho que ficar longe dele. Eu caminho adiante, e tropeço, tropeço de cabeça na calçada.
    — Merda, (Seu Apelido)! — Justin grita.
       Ele puxa a minha mão com tanta força, que eu caio para trás contra ele, enquanto um ciclista que passa a toda velocidade, quase me acertando, indo pelo caminho errado nesta rua de mão única.
       Tudo acontece tão rápido, que em um minuto estou caindo, no próximo eu estou em seus braços, e ele está me segurando firmemente contra seu tórax. Eu inalo seu cheiro limpo, cheiro vital. Ele cheira a roupa limpa e fresca, e a algum sabonete caro. Oh meu Deus, é inebriante. Eu inalo profundamente.
    — Você está bem? — Ele sussurra. Ele está com um braço ao meu redor, apertando-me junto a ele, enquanto os dedos de sua outra mão, suavemente rastreia meu rosto sondando, examinando-me. Seu polegar escova meu lábio inferior e eu ouço sua respiração ofegante. Ele está olhando fixamente em meus olhos, e eu seguro seu ansioso olhar, queimando por um momento ou talvez para sempre… mas eventualmente, minha atenção é atraída para sua bonita boca. Oh meu Deus. E pela primeira vez em meus vinte e um anos, eu quero ser beijada. Eu quero sentir sua boca na minha.
       Que droga! Beije-me! Eu imploro, mas não me movo. Eu estou paralisada por causa de uma necessidade estranha, desconhecida, completamente cativada por ele. Eu estou olhando fixamente para a boca perfeitamente esculpida de Justin Bieber, hipnotizada e ele está olhando para mim, seu olhar encoberto, seus olhos escurecidos.
       Ele respira mais rápido que o habitual e eu parei completamente de respirar. Eu estou em seus braços.
Beije-me, por favor. Ele fecha seus olhos, respira fundo e sacode brevemente sua cabeça como se respondesse minha pergunta muda. Quando ele abre seus olhos novamente, é com algum novo propósito, uma vontade de aço.
    — (Seu Nome), você deveria me evitar. Eu não sou homem para você... — ele sussurra.
       O quê? De onde veio isso? Seguramente, eu é quem deveria decidir. Eu franzo minha testa para ele e balanço minha cabeça diante da rejeição.
    — Respire, (Seu Nome), respire. Eu vou ficar ao seu lado e irei te soltar agora — ele quietamente diz e se afasta suavemente.
       A adrenalina corre por meu corpo, não sei se por causa do ciclista ou da proximidade inebriante de Justin, mas estou fraca e arrepiada. NÃO! Minha mente grita quando ele se afasta e sinto-me roubada. Ele tem suas mãos em meus ombros, segurando-me o comprimento de um braço, analisando minhas reações cuidadosamente. E a única coisa que eu posso pensar é que eu queria ter sido beijada, fiz isto malditamente óbvio e ele não quis. Ele não me quer. Ele realmente não me quer. Eu realmente estraguei o café da manhã.
    — Estou bem. — eu respiro, achando minha voz. — Obrigada, — eu murmuro cheia de humilhação. Como eu podia ter interpretado mal a situação entre nós? Eu preciso me afastar dele.
    — Pelo que? — Ele franze a testa. Suas mãos não saem de mim.
    — Por me salvar. — eu sussurro.
    — Aquele idiota estava indo na direção errada. Eu estou contente que eu estava aqui. Eu estremeço só de pensar no que poderia ter acontecido com você. Você quer vir e se sentar no hotel um pouco? — Ele me solta, suas mãos ao seu lado e eu na sua frente me sento uma idiota.
       Com uma sacudida, procuro clarear minha cabeça. Eu só quero ir embora. Todas as minhas esperanças inarticuladas foram esmagadas. Ele não me quer. O que eu estava pensando? Eu brigo comigo mesma. O que Justin Bieber poderia querer comigo? Meu subconsciente zomba de mim. Eu me abraço e me viro em direção à rua e noto com alívio que o homenzinho verde do sinal de trânsito apareceu. Rapidamente atravesso a rua, consciente de que Justin Bieber está logo atrás de mim. Fora do hotel, eu giro brevemente para enfrentá-lo, mas não posso olhar em seus olhos.
    — Obrigada pelo chá e por ter concordado com as fotos. — eu murmuro.
    — (Seu Nome)… eu… — Ele para e a angústia em sua voz exige minha atenção, então eu o olho, de má vontade. Seus olhos caramelos são como o deserto, enquanto ele corre a mão pelo cabelo. Ele parece destruído, frustrado e todo o seu controle evaporou.
    — O quê, Justin? — Eu fico irritada porque ele não fala.
    — Nada.
       Eu só quero ir embora. Eu preciso levar meu frágil e ferido orgulho para longe e de alguma maneira curá-lo.
    — Boa sorte em seus exames. — ele murmura.
       Huh? Isto é por que ele parece tão desolado? Este é o seu grande fora? Desejar-me sorte em meus exames?
    — Obrigada. — Eu não posso disfarçar o sarcasmo em minha voz. —Adeus, Sr. Bieber. — Eu giro nos meus saltos, fico vagamente espantada quando não tropeço, e sem dar a ele um segundo olhar, eu desapareço em direção à garagem subterrânea.
       Uma vez na escuridão do concreto frio da garagem, iluminada com sua luz fluorescente e deserta, eu me debruço contra a parede e ponho minha cabeça em minhas mãos. O que eu estava pensando? Indesejada e sem permissão sinto as lágrimas chegarem. Por que eu estou chorando? Eu afundo no chão, brava comigo por esta reação insensata. Apoio-me em meus joelhos e me fecho ainda mais em mim mesma. Eu desejo sumir. Talvez esta dor absurda possa ficar menor ainda se eu sumir.
       Coloco minha cabeça sobre meus joelhos e eu deixo as lágrimas irracionais caírem desenfreadas. Eu estou chorando por algo que nunca tive. Que ridículo. Lamentando por algo que nunca... – minhas esperanças esmigalhadas, meus sonhos despedaçados e minhas expectativas frustradas.
       Eu nunca fui rejeitada. Certo…eu sempre fui a última a ser escolhida no basquete ou no vôlei – mas eu entendi que – correr e fazer qualquer outra coisa ao mesmo tempo, como saltar ou lançar uma bola não é minha praia. Eu sou uma negação em qualquer campo esportivo.
       Romanticamente, no entanto, eu nunca me expus. Uma vida inteira de inseguranças.
       Eu sou muito pálida, muito fraca, muito desprezível, sem coordenação, minha lista longa de culpas continuam. Então eu sempre tenho sido aquela que repelia os admiradores. Houve aquele sujeito em minha classe de química que gostou de mim, mas ninguém nunca havia despertado meu interesse – ninguém exceto o maldito Justin Bieber. Talvez eu deva ser mais amável com caras como Paul Clayton e José Rodriguez, no entanto eu acredito que por nenhum deles teria chorado num canto escuro.
       Talvez tudo o que eu necessite seja dar um bom grito.



Oiii amores! Aqui está um BIG capítulo! Obrigada pelos comentários do 8º capítulo, que bom que estão gostando! 
 Ontem eu vi o trailer do filme Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos e pensei... Será que vocês gostariam que eu escrevesse essa história aqui, mas ao invés de os personagens serem Jace e Clary, serão Justin e (Seu Nome)/Clary (Vocês decidem)... o que acham?? Respondam nos comentários, que eu posto 10º capítulo com 10 comentários!
 bjooooooos ;*