quinta-feira, 17 de abril de 2014

Cinquenta Tons de Cinza - 15º Capítulo






(Seu Nome) Steele P.O.V. On

       O primeiro que notei foi o cheiro: couro, madeira e cera com um ligeiro aroma de limão. É muito agradável, e a luz é tênue, sutil. Na realidade não vejo de onde sai, de algum lugar junto ao teto e emite um resplendor ambiental. As paredes e o teto eram de cor vinho escuro, o que dava à espaçosa sala um efeito uterino e o chão era de madeira envernizada muito velha. Na parede, de frente para a porta, havia um grande 'X' de madeira, de mogno muito brilhante, com argolas nos extremos para ficar seguro. Por cima havia uma grande grade de ferro suspensa no teto, com no mínimo de dois metros quadrados, da qual se penduravam todo o tipo de cordas e algemas brilhantes. Perto da porta, dois grandes postes reluzentes e ornados, como balaústres de um parapeito, porém maior, estavam pendurados ao longo da parede como cortinas. Deles pendiam uma impressionante coleção de varas, chicotes e curiosos instrumentos com plumas.
       Junto à porta havia um móvel de mogno maciço com gavetas muitas estreitas, como se estivessem destinados a guardar amostras de um velho museu. Por um instante me perguntei o que havia dentro. No canto do fundo vejo um banco acolchoado de couro de cor vermelha, e junto à parede, uma estante de madeira onde parecia guardar tacos de bilhar, mas um observador atento descobriria que continha varas de diversos tamanhos e grossura. No canto oposto havia uma sólida mesa de quase dois metros de largura, de madeira brilhante com pernas talhadas e debaixo, dois tamboretes combinando.
       Mas o que dominava o quarto era uma cama. Era maior que as camas de casal, com dossel de quatro postes talhados no estilo rococó. Parecia de finais do século XIX. Debaixo do dossel via mais correntes e algemas reluzentes. Não havia roupa de cama… apenas um colchão coberto com um lençol vermelho e várias almofadas se seda vermelha em um extremo.
       A uns metros dos pés da cama havia um grande sofá Chesterfield, colocado no meio da sala, de frente para a cama. Estranha distribuição… isso de colocar um sofá de frente para a cama. Sorrio comigo mesma. Parecia raro o sofá, quando na realidade era o móvel mais normal de toda a sala. Levantei os olhos e observei o teto. Estava cheio de mosquetões, a intervalos irregulares. Perguntei-me, por um segundo, para que serviam. Era estranho, mas toda esta madeira, as paredes escuras, a tênue luz e o couro vermelho, faziam com que o quarto parecesse doce e romântico… Era qualquer coisa menos isso. Era o que Justin entendia por doçura e romantismo.
       Girei e ele estava olhando-me fixamente, como supunha, com uma expressão impenetrável. Avancei pela sala e me seguiu. As plumas tinham me intrigado. Decidi tocá-las. Era como um pequeno gato de noves rabos, porém mais grosso e com pequenas bolas de plástico nos extremos.
    — É chamado de açoite. — Justin disse em voz baixa e doce.
    — Hmmm... — murmuro.
       Um açoite... Nossa. Acredito que estou em estado de choque. Meu subconsciente sumiu, ficou mudo ou simplesmente morreu. Estou paralisada. Posso observar e assimilar, mas não articular o que sinto diante de tudo isso, porque estou em estado de choque. Qual é a reação adequada quando descobre que seu possível amante é um sádico ou um masoquista total? Medo... sim... essa parece ser a sensação principal. Agora percebo. Mas não dele. Não acredito que me machucaria. Bom, não sem meu consentimento. Várias perguntas nublaram minha mente. Por quê? Como? Quando? Com que frequência? Quem? Aproximei-me da cama e passei a mão por um dos postes. Era muito grosso e o talhe era impressionante.
    — Diga alguma coisa. — Pediu Justin com um tom enganosamente doce.
    — Alguém faz isso com você, ou você faz isso com as pessoas?
  Franziu a boca, não sabia se divertido ou aliviado.
    — Eu faço isso com mulheres que desejam que eu faça isso com elas.
  Não entendo.
    — Entendo. Parece-me que você tem voluntárias. Eu não entendo então por que estou aqui, ou minha finalidade aqui.
    — Porque eu realmente, realmente, realmente quero fazer isso com você.
    — Oh.
  Fiquei com a boca aberta. Por quê?
       Fui para o outro canto do quarto, passei a mão pelo banco acolchoado, até a cintura e deslizei os dedos pelo couro. Gosta de machucar as mulheres. A ideia me deprimia.
    — Você é um sádico, Justin?
    — Eu sou um Dominante, (Seu Apelido).
  Seus olhos caramelos ficaram abrasadores, intensos.
    — Dominante... — tento falar a palavra estranha para os meus lábios.
    — Eu não tenho nenhuma ideia do que é Justin, e eu não sei mesmo se é diferente de sádico. Parece ruim. — digo com um sussurro.
    — Significa apenas que você como uma submissa, voluntariamente, se entrega a mim. — ele diz baixinho. — Em todas as coisas.
  Olhei com o cenho franzido, tentando assimilar a ideia.
    — E por que diabos eu faria isso?
    — Porque você quer me agradar. — Murmurou inclinando a cabeça.
  Vejo que esboçou o sorriso.
       Agradá-lo! Ele quer que eu o agrade! Acho que fiquei com a boca aberta. Agradar Justin Bieber. E nesse momento percebo que sim, que é exatamente o que quero fazer. Quero que ele desfrute comigo. É uma revelação.
    — Agradar você? — questiono com interesse. —Como posso fazer isso?
       Sinto minha boca seca. Queria que tivesse mais vinho. Certo, entendo o de agradá-lo, mas o quarto de tortura isabelino me deixou desconcertada. Quero saber a resposta?
    — Eu tenho um conjunto de regras escritas que eu quero que você siga e cumpra. — ele diz.
    — Regras? Para quê? — pergunto confusa.
    — As regras são para seu benefício e meu prazer. Quando você seguir as minhas regras para minha satisfação, eu a recompensarei. Mas quando você quebrá-las vou puní-la e você vai aprender. — ele sussurra. Enquanto ele fala comigo, eu olho para a estante de varas.
    — Estas coisas? O que são elas? Onde se encaixam na sua fantasia? — Pergunto em um sussurro apontando com a mão ao redor do quarto.
    — Isso é tanto recompensa e punição, são parte do pacote de incentivo.
    — Recompensa e punição? Você fica excitado me controlando, exercendo a sua vontade de me dominar? — pergunto calma, mas com um pouco de medo.
    — Essencialmente, o que eu faço é ganhar sua confiança e respeito, para você querer que eu a domine. Em troca, através de sua submissão, eu recebo uma grande quantidade de alegria e de prazer. É muito simples: quanto mais você se submete, maior o meu prazer.
    — E de todo o seu prazer, que eu vejo você estaria coletando através da minha "submissão"... - faço aspas com os dedos no ar. - ...o que há nele para mim? O que eu ganho?
  Encolheu os ombros no que pareceu um gesto de desculpa.
    — Você me ganha. — Limitou-se a responder.
  Deus meu… Justin me observava passar a mão pela vara.
    —  (Seu Nome), por favor. Você é tão difícil de ler. Eu não sei o que você está pensando, você não demonstra nada. Você está me deixando louco! — Murmurou nervoso. — Talvez devêssemos ir lá para baixo. Você, aqui neste local, é muito perturbador para mim. Eu não consigo pensar direito.
  Estendeu uma mão, mas não sabia se agora queria segurá-la.
       Kate disse que era perigoso e tinha muita razão. Como ela sabia? Era perigoso para minha saúde, porque sabia que iria dizer que sim. E uma parte de mim quer gritar e sair correndo por este quarto e tudo o que representa. Sinto-me muito desorientada.
    — Eu não vou te machucar (Seu Nome), por favor.
  Sabia que não estava mentindo. Segurei sua mão e saí com ele do quarto.
       Ao invés de descer as escadas, girou a direita do quarto de jogos como ele o chamava e avançou pelo corredor. Passamos junto a várias portas até chegarmos à última. Do outro lado havia um dormitório com uma cama de casal. Tudo era branco… tudo: os móveis, as paredes, os lençóis. Era limpa e fria, mas com uma vista preciosa de Seattle pela janela de cristal.
    — Se você decidir fazer isso, este será o seu quarto. Eu sei que é branco e liso agora, mas você pode decorá-lo com qualquer coisa e de qualquer maneira que você quiser!
    — O que quer dizer com "meu quarto"? Você espera que eu me mude e viva aqui? — Pergunto sem poder dissimular meu tom horrorizado.
    — Talvez não o tempo todo, mas pelo menos de sexta a domingo. — Acrescentou em voz baixa e duvidosa.
    — Você quer que eu durma aqui, neste quarto?
    — É claro.
    — Significando isto, não com você, juntos.
    — Não. Não comigo. Eu já disse a você, eu não durmo com ninguém. Exceto, é claro quando é um negócio de uma única vez, como quando você estava fora de si mesma, completamente bêbada. — Disse em tom de repreensão.
       Aperto meus lábios. Há algo que não se encaixa. O amável e cuidadoso Justin, que me resgatou quando estava bêbada e me segurou amavelmente enquanto eu vômitava e o monstro que tem um quarto especial cheio de chicotes e algemas é o mesmo?
    — Onde é que você dorme?
    — Eu durmo lá embaixo no meu próprio quarto. Vamos descer, eu tenho certeza que você está com fome.
    — Não, realmente. Eu perdi o apetite. — Murmurei sem vontade.
    — Você tem que comer, (Seu Apelido). — Chamou minha atenção.
  Segurou minha mão e voltamos para o andar de baixo.
       De volta para o salão incrivelmente grande, me senti inquieta. Estou na beira de um precipício e tenho que decidir se quero pular ou não.
    — Olha, (Seu Nome), eu sei que isso é diferente. Talvez até mesmo um caminho escuro para você. Então, por favor, pense sobre isso. Muito, muito bem. Desde que você já assinou um AND, pergunte-me qualquer coisa. Estou disposto a responder a quaisquer perguntas que você possa ter. — Disse soltando minha mão e dirigindo-se com passo tranquilo para a cozinha.
  Eu tenho. Mas por onde começo?
       Estou junto ao balcão da cozinha e observo como abre a geladeira e tira um prato de queijo com dois enormes cachos de uva brancas e vermelhas. Deixa o prato sobre a mesa e começa a cortar o pão.
    — Sente-se. — Disse apontando um banco junto ao balcão.
       Obedeço a sua ordem. Se vou aceitar, terei que me acostumar. Percebo que se mostrou dominante desde que o conheci.
    — Que outra papelada você tem?
    — É um contrato estabelecendo limites, (Seu Nome). Eu tenho os meus, e eu preciso saber quais são os seus, afinal, tudo isso é consensual.
    — E se... — hesito. — ...eu não estiver disposta a fazer isso?
    — Está tudo bem. — Responde com prudência.
    — Será que vamos ter qualquer tipo de relacionamento, se eu não fizer isso? — Pergunto.
    — Não.
    — Como assim?
    — Eu não estou interessado em qualquer outro tipo de relacionamento.
    — Sério? Por quê?
  Encolheu os ombros.
    — É só nisso que eu estou interessado.
    — Entendo. Como você escolheu esse caminho?
    — Existe realmente uma razão para que alguém seja do jeito que é? Difícil para mim de responder, porque todo mundo gosta de coisas diferentes. Alguns gostam disso, alguns daquilo. Isto é o que eu gosto, o que eu desejo. Você gostaria de comer?
  Tirou dois grandes pratos brancos de um armário e colocou diante de mim.
    — Que tipo de regras você quer que eu siga?
    — Depois do jantar, nós falaremos sobre o documento.
  Comida… Como vou comer agora?
    — Eu perdi o apetite. — Sussurrei.
    — Você tem que comer. — Se limitou a responder.
  O dominante Justin. Agora está tudo claro.
    — Quer outra taça de vinho?
    — Sim, por favor.
  Serviu-me outra taça e sentou a meu lado. Dei um rápido gole.
       Peguei um pequeno cacho de uvas. Com isso sim, eu posso. Ele revirou os olhos.
    —  Há quanto tempo você está neste... — Paro em busca de uma palavra apropriada. — ...estilo de vida? — Pergunto.
    — Algum tempo.
    — Há um monte de mulheres que desejam participar deste estilo de vida?
  Ele olhou e levanto uma sobrancelha.
    — É surpreendentemente grande o número delas. — Respondeu secamente.
    — Se há tantas delas, e vendo que eu nunca, nunca estive neste estilo de vida, por que eu, Justin? É claro que você pode ter sua escolha entre voluntárias.
    — Há algo em você de que eu não posso escapar , (Seu Nome). Você é diferente de qualquer uma que eu conheci antes. Como uma mariposa para a chama, eu não posso escapar de você. Eu a desejo muito, não posso impedir! Especialmente agora, quando você está mordendo este seu lábio. — Respirou fundo e engoliu seco.
       Meu estômago dava voltas. Ele me deseja... de uma maneira rara... é verdade, mas esse homem bonito, estranho e pervertido me deseja.
    — Eu acho, que eu sou a mariposa, e você, Justin, é a chama. — eu sussurro. — Eu vou ser a única a se queimar. — digo baixinho pra mim mesma.
    — Coma!
    — Não, Sr. Bieber. Eu não assinei nada com você, e eu estou utilizando meu livre arbítrio no momento.
   Seus olhos se acalmaram e seus lábios esboçaram um sorriso.
    — Como você quiser, (Seu Nome).
    — Quantas mulheres? — Perguntei de uma vez, com muita curiosidade.
    — Quinze.
  Nossa, menos do que pensava.
    — A longo prazo , curto prazo?
    — Algumas longo, algumas curto.
    — Você acabou ferindo alguma delas?
    — Sim.
  Maldição!
    — Quanto?
    — Não muito.
    — Você tem a intenção de me machucar?
    — O que você quer dizer?
    — Eu quero saber se você pretende me machucar fisicamente.
    — Quando você precisar, eu vou punir você fisicamente e isto vai lhe doer.
       Acho que estou ficando enjoada. Tomei outro gole de vinho. O álcool me dará coragem.
    — Alguma vez te bateram? — Pergunto.
    — Sim.
       Nossa, me surpreendeu. Antes que pudesse perguntar por esta última revelação, ele interrompeu o curso dos meus pensamentos.
    — Vamos conversar no meu escritório (estúdio). Quero mostrar algo.
       Custa muito processar tudo isso. Fui tão inocente ao pensar que passaria uma noite de paixão desenfreada na cama com esse homem e aqui estamos negociando um estranho acordo.
       O segui até o escritório, um amplo cômodo com uma cortina desde o chão até o teto. Sentou-se na mesa e apontou com um gesto para que me sentasse em uma cadeira de couro de frente a ele e me estendeu uma folha de papel.
    — Essas são as regras. Podemos mudá-las. Formam parte do contrato, que também te darei. Leia e comentaremos.
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Regras

Obediência:
A Submissa obedecerá imediatamente todas as instruções do Dominante, sem duvidar, sem reservas e de forma expressiva. A Submissa aceitará toda atividade sexual que o Dominante considerar oportuna e prazerosa, exceto as atividades contempladas nos limites rígidos (Apêndice 2). O fará com entusiasmo e sem duvidar.

Sono:
A Submissa garantirá que dormirá no mínimo sete horas diária quando não estiver com o Dominante.

Refeição:
Para cuidar de sua saúde e bem estar, a Submissa comerá frequentemente alimentos incluídos em uma lista (Apêndice 4). A Submissa não comerá entre horas, a exceção de fruta.

Roupa:
Durante a vigência do contrato, a Submissa apenas usará roupa que o Dominante houver aprovado. O Dominante oferecerá a Submissa uma quantia para roupas. O Dominante acompanhará a Submissa para comprar roupas quando seja necessário. Se o Dominante assim o exige, enquanto o contrato estiver vigente, a Submissa vestirá os adornos que exija o Dominante, em sua presença ou em qualquer outro momento que o Dominante considere oportuno.

Exercício:
O Dominante proporcionará a Submissa um treinador pessoal quatro vezes por semana, em sessões de uma hora, horas convenientes para o treinador e a Submissa. O treinador pessoal informará ao Dominante os avanços da Submissa.

Higiene pessoal e beleza:
A Submissa estará limpa e depilada a todo momento. A Submissa irá ao salão de beleza escolhido pelo Dominante quando este decida e se submeterá a qualquer tratamento que o Dominante considere oportuno.

Segurança pessoal:
A Submissa não beberá em excesso, não fumará, não tomará nenhuma substância psicotrópica, nem correrá riscos sem necessidade.

Qualidades pessoais:
A Submissa apenas manterá relações sexuais com o Dominante. A Submissa se comportará a todo o momento com respeito e humildade. Deve compreender que sua conduta influêncía diretamente na do Dominante. Será responsável por qualquer ato, maldade ou má conduta que leve a cabo quando o Dominante não estiver presente.

O não cumprimento de qualquer uma das normas anteriores será imediatamente castigada e o Dominante determinará a natureza do castigo.
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  Minha Nossa!
    — O que você quer dizer com "limites rígidos"? — Pergunto.
    — Esses são os limites do contrato especificando o que você não vai fazer, e o que eu não vou fazer.
    — Eu não acho que eu quero aceitar o seu dinheiro para a roupa. A palavra "vadia" me vem à mente.
  Me movimento incomodada.
    — Não, você não pode pensar isto (Seu Nome)! Eu quero presentear você, comprar coisas. E quando você me acompanhar para determinadas funções você precisa de roupas que custam muito e quando você conseguir um emprego, você não será capaz de pagar os tipos de roupas que eu gostaria que você usasse. Por favor, deixe-me comprá-las para você.
    — Se eu não tenho que usá-las quando não estou com você, eu suponho que eu posso pensar nelas como uniformes. Ok.
    — Eu não vou me exercitar quatro vezes por semana. - eu digo.
    — Não, (Seu Nome), você precisa. Você tem que estar forte para o que eu tenho em mente para você. Acredite em mim quando eu digo que você precisa.
    — Não quatro vezes por semana. Minha contra-oferta é de três vezes.
    — Eu prefiro quatro.
    — Eu acho que não. Você diz que esta é uma negociação, mas você não quer me deixar negociar.
  Franziu os lábios.
    — Ponto para você, (Seu Nome). Que tal uma contra-oferta. Três dias por uma hora, e um dia por meia hora...
    — Sem negócio. Três dias, três horas. Parece que você vai exercitar-me o suficiente com  frequência.
  Sorriu perversamente e os olhos brilharam como se sentisse aliviado.
    — Sim, certo. Okay. Eu concordo. Eu acho que você realmente deveria trabalhar para mim. Você é uma negociadora dura.
    — Obrigada, mas não é uma boa idéia.
  Observo a folha com suas normas. Depilar-me! Depilar o que?
  Tudo? Uf!
    — Quanto aos limites... — Diz estendendo-me outra folha de papel. — ...estes são os meus.
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Limites Rígidos:
*Atos com fogo.
*Atos com urina, fezes e excrementos.
*Atos com agulhas, facas, perfurações e sangue.
*Atos com instrumentos médicos ginecológicos.
*Atos com crianças e animais.
*Atos que deixem marcas permanentes na pele.
*Atos relativos ao controle da respiração.
*Atividade que implique contato direto com corrente elétrica, fogo e chamas no corpo.



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       Uf! Ele tinha que escrever! Claro… todos esses limites pareciam sensatos e necessários na verdade… Com certeza qualquer pessoa em seu juízo perfeito não iria querer esse tipo de coisa. Mas seu estômago ficou enjoado.
    — Quer acrescentar algo? — perguntou amavelmente.
  Merda. Não tenho nem ideia. Estou totalmente perplexa. Olha para mim e enruga a testa.
    — Há algo que não queira fazer?
  Removi incomoda e mordo os lábios.
    — Eu realmente nunca fiz nada parecido, então eu realmente não sei
    — Ok. Há algo que você não gosta de fazer durante o sexo? Tenho certeza que você tem seus gostos e desgostos.
  Pela primeira vez, no que parecia séculos, ruborizei.
    — (Seu Nome), você deve comunicar-se comigo e ser aberta se temos intenção desta relação funcionar.
  Volto a me mover incomoda e olho para minhas mãos.
    — Por favor, diga-me. — Pediu-me.
    — Eu nunca tive relações sexuais, por isso, não tenho idéia do que eu gostaria ou não gostaria. — Digo com uma voz baixa.
  Levantei os olhos até ele, que olhava com a boca aberta, paralisado e pálido, muito pálido.
    — Nunca? — Sussurrou.
  Assenti.
    — Você é virgem?
       Assenti com a cabeça e voltei a me ruborizar. Ele fechou os olhos e pareceu contar até dez. Quando os abriu, ele me olhou irritado.
    — POR QUE DIABOS VOCÊ NÃO ME DISSE ISSO ANTES? — Gritou.





Aí está o capítulo, babies! E me desculpem pela demora, é que o modem do meu notebook é muito lento... é um milagre quando ele conecta! hehe :3
Próximo capítulo com MAIS de 10 comentários! xoxo <3